domingo, 29 de julho de 2012

A ditadura do "ser correto".

"Nos perderemos entre monstros da nossa própria criação...". Quem nunca ouviu esta frase, cantada por Renato Russo? Pois bem, profética ou não, a verdade é que buscamos a máxima excelência das pessoas, o tempo todo, mas acabamos sendo vítimas das nossas cobranças. As redes sociais estão aí pra provar que falar o que pensa tem a mesma força e intensidade que um "f#$@-se" dito com bastante raiva e vontade. O desafio hoje em dia não é ser do bem, e sim ser você mesmo.
Falam demais em amor e respeito, mas basta alguém expor qualquer tipo de sofrimento, que as indiretas são bombardeadas constantemente. No facebook, por exemplo, há uma pressão (e obrigação) para que você seja feliz: "Sinta-se bem e esfregue na cara dos outros que você sabe lidar com as adversidades." ou "Seja infeliz, mas não faça os outros carregarem o fardo e a melancolia de sua dor. Aprenda a lidar com as diversidades.". Para as pessoas, você só pode ser uma coisa: PERFEITO.
Obs: Vale lembrar que até a felicidade deve ser dosada, pois em demasia também despertará comentários. 
No profissional ocorre a seguinte dualidade: Não se importe com os outros, mas saiba respeitá-los. É permitido que você tenha algum problema externo (ou interno), esteja chateado e queira ficar sozinho, mas você tem, por "obrigação", que ser cordial e tratar todos com igualdade, porque os problemas são apenas seus.
Acontece a mesma coisa nos relacionamentos. "Adapte-se às diversidades alheias", mas você já foi algum dia abandonado (ou já abandonou alguém) porque, dentre vinte qualidades suas, existiu uma que não se encaixou no perfil do outro.
Todo mundo quer ser livre para interferir na vida das pessoas, mas não querem prender-se às explicações.
E as atitudes? E o poder de superação? Não importa se leva um mês pra absorver, entender e digerir um problema, as pessoas criam uma expectativa sobre seus atos, que é preferível nem sofrer. Esperam que o seu botão de "f#$@-se"para o mundo esteja ligado 24 horas, no 220V e com gerador reserva. Mas, até este tipo de solução é julgado como revolta e/ou infelicidade.

E, em meio a essa bagunça de personalidade (e falta dela), eu quero gritar assim: "Seja você, não eu...Ah! Um f#$@-se também...esqueci o botão ligado."

terça-feira, 3 de julho de 2012

03/07/2012



Passei um período querendo escrever algo sobre o fim de um relacionamento, se é que poderia ter chamado assim, e estava empacada nos textos, enquanto não escrevia sobre tal, mas percebi que era perda de tempo, era escrever palavras no vazio e tentar trazer de volta o que as circunstâncias levaram para o passado. Portanto, eu resumiria em: "Acabou.", palavra curta, como o seu sentimento, com letra maiúscula e um ponto fincado no final da palavra, no final da história e no final de nós.