Não sei se acontece com todo mundo, mas comigo é assim: final de ano, escuto sempre a Simone dizer(pra mim...hahaha) "Então é natal, o que você fez?"...eu tento fazer uma retrospectiva rápida do meu ano, pra ter uma resposta pra essa pergunta. Lembro logo dos momentos ruins e se aprendi algo com eles, depois penso na porcentagem em que fui feliz. Procuro enxergar as vezes em que não fiz exatamente o que queria, mas o que seria sensato, as oportunidades que deixei passar e os medos que superei.
Quando eu me permiti, aconteceram coisas tão maravilhosas que meu medo jamais imaginaria.
Conheci grandes pessoas, outras de caráter pequeno, quase nulo. Cheguei no meu limite, superei minha autoconfiança. Aprendi a amar de uma forma que jamais compreendi. Perdoei com a alma, chorei com o coração. Caí por cima de feridas existentes e aprendi a levantar. Aprendi a calcular o peso da responsabilidade na ponta do lápis, do autocad e do bolso. Fui agressiva e perdi algumas pessoas no caminho, até chegar no meu espaço e descobrir minhas vontades. Descobri que meu ponto de partida sempre foi minha família e que verdadeiros amigos são mais do que um porto. Absorvi dores e histórias, abstraí o supérfluo. Superei o meu ridículo, cheguei no meu máximo. Disse verdades olhando nos olhos, ouvi mentiras. Chorei mais do que sorri, mas o que ficou é bem meu e bem verdadeiro. O saldo deste ano, tem nome, endereço e facebook.
Sofrimentos à vista, felicidade à prazo, parcelada em 12 vezes. Tão preocupada com essa "guerra" que se iniciou em meus dias, que não percebi a vitória de pequenas batalhas diárias. O que acontecia, era paralelo, era uma felicidade momentânea.
Meu ano de 2011 não foi dos melhores, mas não quero criar expectativas, nem jogar a responsabilidade de algo novo nos ombros de 2012, porque, às vezes, o que precisa mudar mesmo somos nós.