segunda-feira, 21 de novembro de 2011

21/11/11




Não é que eu queira estar só, é medo que a solidão torne-se minha única companhia.

sábado, 19 de novembro de 2011

19/11/11

O blog anda meio parado, não estou conseguindo escrever nada ainda. O que passa pela cabeça, misturado com o que passa pelo coração, não deixando que as palavras venham de forma coerente.
Eu só queria que algumas pessoas me entendessem.
Preciso desse tempo pra mim, preciso poupar meu coração um pouco, economizar sentimentos e minhas energias. Preciso chegar lá em cima de novo, pra pular mais uma vez.
Até lá, desculpem-me a ausência.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

...



Desculpe, eu não vou me dividir, só porque você não sabe se dar por inteiro.
Nem vou lhe esperar, só porque você não sabe a hora de voltar pra mim.
Não serei superficial, só porque você não se prende a nada.
Ou me tem, ou não, pois eu só consigo ser inteira, com quem é companheiro, não apenas companhia.

domingo, 13 de novembro de 2011

13/11/11



Muitos descartarão seus sentimentos, sem saber que você não tornou-se adulto suficiente pra superar uma rejeição.
Outros vão acreditar na sua capacidade de recuperação, sem saber que você ainda nem aprendeu a se levantar.
Alguns vão te dar a mão, sem saber que você desejava companhia.
Mas poucos se importarão de verdade e nunca o deixarão cair.

!

sábado, 12 de novembro de 2011

Eu to falando de amor, porra!

Do dicionário, amor:  Sentimento que induz a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente afeição ou .atração; grande afeição ou afinidade forte por outra pessoa.

Determinados sentimentos(e seus significados), eu gosto de colocar o dicionário como referência, pra não haver engano, ponto de vista diferente ou ser julgada pelo uso das minhas palavras.
Tem gente criando um dicionário informal, inventando um significado novo, usando as palavras, de forma dúbia, para justificar qualquer atitude exclamada apenas pelo ego ou a falta de qualquer outro sentimento que não esteja ligado, no mínimo, à consideração e respeito com o outro.
Costumo dizer que amor é como uma montanha russa: põe de cabeça pra baixo, faz o coração bater acelerado, dá frio na barriga, mas poucos tem coragem de encarar.
Não adianta encher com palavras, não adianta encher com vazios, coração não fala, muito menos escuta. Coração sente. Portanto, as atitudes ainda são a melhor maneira de demonstrar o que o outro significa na vida da gente. Uma atitude acaba com o que mil palavras constroem.
Engana-se quem se diz reservado, discreto e não demonstra o que sente. A sucessão de erros, os velhos hábitos acompanhados pela falta de vontade de mudança, são atitudes explícitas de que há qualquer tipo de sentimento, menos amor.
Ele não precisa de muito pra existir, mas precisa de motivos suficientes pra não morrer aos poucos.
Exceto o amor incondicional entre pais e filhos, o amor que une duas pessoas é sempre frágil, por mais presos que estajamos, por mais intensa que seja a história, por mais verdadeiro que pareça ser.

Pode demorar, pode ser apenas transferido para outra pessoa, mas o que sentíamos antes, a admiração, o entusiasmo e a vontade de estar junto, tem prazo de validade estipulado pelo "dono".
Coração não é objeto, sentimentos não são apenas palavras bonitas e pessoas não são instrumentos de suas vontades, muito menos troféus ou prêmios de consolação.
Valorize quem te ama, pois o sentimento dessa pessoa pode não significar muito pra você, mas um dia, a total aversão sim, e você não significará nada.




Mulheres do topo

O blog é inteiramente criação minha. Cada texto, cada frase, exceto as que estão entre aspas e/ou com a devida referência, mas recebi um e-mail hoje com esse texto mais que conhecido do Machado de Assis, que vale muito a pena ser compartilhado.
Faço destas, minhas palavras.



 As Melhores Mulheres pertencem aos homens mais atrevidos. Mulheres são como maçãs em árvores. As melhores estão no topo. Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles têm medo de cair e se machucar. Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo, mas são fáceis de se conseguir.
Assim, as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas, quando na verdade, ELES estão errados.
Elas têm que esperar um pouco mais para o homem certo chegar...aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore.

Machado de Assis

                                                                                                                          

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Título

Não sei se acontece com você, mas tenho dias que parece que minha vida para. Um dia de luto, de descanso ou de atraso, não sei dizer ao certo. Sensação de vazio e ao mesmo tempo um esgotamento de tudo. Parece que estagnei e meu corpo segue suas funções por hábito, apenas.
Começo o dia calada, cumpro meus deveres, mas com o pensamento em modo "stand by", e termino da mesma forma, na minha, sem muitos risos, sem trocas de palavras e meu estado natural de ação.
Hoje é um daqueles dias que se eu somar 2+2, o resultado dará 5. Raciocínio lento e o peso do cansaço disputando com o da responsabilidade. Acho que eu precisava dormir por uma semana, desligar o celular e desconectar da internet.
Meu dia de hoje resume-se na equação: 3cansaço +  2(carência + sono)² x log² = ABUSO x raio da Terra.
Hoje eu precisava de certezas. Das pessoas, dos seus sentimentos, do quão sou importante(ou não), de que tudo estará bem no final do dia, que entregarei meus projetos no prazo (hehehe) e que demore o tempo necessário, mas que terei ao meu lado as pessoas que amo.
Mas, de que adiantariam todas as certezas, se eu sou inconstante? Se minhas prioridades, valores e conceitos podem mudar. Se amanhã eu posso buscar certeza de outras pessoas, outros sentimentos e ter a expectativa de um outro fim do dia.
Aaah! Deixa assim! Amanhã as coisas mudam, senão EU mudo.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

(Saudade)

Eu quero abrir um parêntese, pra falar de saudade.
Coisa rápida, pois estender-se nela, faz doer.
Entre a que me lembra o quanto fui feliz, eu prefiro a que me faz sorrir ao lembrar.
Boas lembranças às vezes machucam. Mostram uma realidade do passado e a certeza do "fracasso" no presente. Faz querer voltar os dias. Faz lembrar, todas as horas, que o outro mudou. Prefiro a saudade da voz, invés da saudade da presença.
Eu gosto mesmo é daquela sensação boa, ao saber que amanhã se repetirá. De dormir com o cheiro na pele. De sentir arrepio, cada vez que relembrar. De me pegar, vez enquando, rindo sozinha.
Sorrisos, sentimentos, mensagens na madrugada, calor, beijo...não se demore. Traga tudo consigo, quando voltar, e ainda um abraço. Um abraço de qualquer tamanho, mas que caiba a minha saudade dentro dele.
Saudade é o pensamento lembrando o quanto o coração foi feliz.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

1000!

As estatísticas do blog marcavam algo próximo de 1000 vizualizações e eu estava planejando um post especial, para quando essa marca fosse atingida, até que me surpreendi quando vi que haviam exatamente 1016 vizualizações. O que tenho a dizer? Obrigada! Obrigada! Obrigada! Mil vezes obrigada, gente!
Como já citei aqui, eu tinha de início um fotolog, que virou o "feminista revoltz" e que voltou de uma forma mais branda, mas não menos sincera, no "hoje vai ter DR!". Não imaginava tudo isso! Mesmo!
Certo que cada um se mostra e se priva do modo que lhe convém, mas durante uma época, achei que ninguém tinha a ver com o que eu pensava e sentia. Claro que hoje também não tem, mas eu já não consigo calar o que me incomoda, diante das pessoas que a vida me apresentou.

Quem me conhece há tempos, sabe que eu engoli muitos "nãos", mas uma hora saturava e eu despejava todo os meus "por ques?", e com uma certa maturidade, aprendi a transformar essa mágoa em texto, livrando minhas palavras de qualquer sentimento negativo.
Já chorei diversas vezes pela falta de pessoas de verdade, que erram, assumem e tentam consertar. Já chorei pelas de mentira, que magoam, mentem e que usam palavras como correntes, aprisionando os que se deixam levar por um pouco de afeto. Já chorei porque tinha um amor transbordando dentro de mim, mas não tinha em quem depositar. Já chorei porque coloquei meu coração nas mãos de pessoas que o despedaçou inteiro e jogou pro alto. Pessoas que carregaram meus sentimentos como posse, expôs como prêmio e depois os colocou em último lugar. Já chorei os encontros adiados, a felicidade em vão, a tristeza inconsolável, o abraço vazio, a ausência, a falta de consideração e uma angústia que vinha me lembrar todas as noites a falta que o outro faz, que um colo no final do dia faz, que um telefonema faz, que um sentimento sincero faz. Talvez carência, talvez a falta de alguém de verdade, talvez a falta de alguém especícifo que sabe e conhece cada pedacinho do meu sofrimento, através das minhas palavras, mas insiste na falsa ideia que estou bem e em acreditar demais na minha força de superação.

O blog tem me ajudado muito, apesar de ser algo que me preenche no começo do dia e vai esvaziando até à noite, mas é bom saber que existem pessoas que gostam do que escrevo, e poder descobrir aos poucos aquelas que se identificam e conversam comigo sobre determinada postagem.
"Hoje vai ter DR!" virou minha terapia, e obrigada a cada um por ser um pouco psicólogo e "escutar" meus problemas.
Estaria mentindo se dissesse que meus textos não tem destinatário, mas o que fazer depois de demonstrar de todas as formas que alguns assuntos pesam em mim, que a saudade machuca ou que a falta de respeito e consideração me decepcionam, e a pessoa em questão não faz absolutamente nada?
Eu paro um pouco, choro um muito, me escuto, meço as palavras e venho aqui, dividir com outras pessoas o fardo que é desejar coisas boas e verdadeiras, num mundo tão às avessas.
Não espero milhões de acessos, espero apenas que as palavras sirvam de consolo para uns e de exemplo para outros. Que alguns acreditem que ainda existem pessoas de caráter e que outros conheçam o que é caráter. Que eu possa, de alguma forma, amenizar o sofrimento de alguém e que outros saibam o que a decepção provoca. O que o coração quer gritar, mas a razão muitas vezes silencia. Todas as coisas que mil palavras não mudam, mas um gesto sim. Que, apesar de sermos dono das nossas vidas, a gente escolhe alguém pra administrá-la. Que não fazer nada, é mais útil que fazer sem vontade. Que se você não consegue dizer mil verdades, não estrague tudo com uma mentira. Se não for ficar, não faça planos. Se não sabe lidar com a dor do outro, não a provoque.

                                         

                                        

domingo, 6 de novembro de 2011

Desse apego - Desapego

Do dicionário, desapego: Falta de apego; desafeição, desamor; desinteresse.
A gente escuta o tempo todo falar sobre desapego das coisas materiais, de alguém, e às vezes me pergunto se, em determinadas situações, aprendi a praticar a tão falada "arte do desapego" ou se de fato não existe mais nenhum tipo de sentimento afetivo para com o outro.
Na minha opinião, alguém pratica o desapego, não a partir do momento em que o sentimento deixou de existir, mas na verdade, tornou-se maduro e racional. Nada mais nutre o sentimento de posse e medo, e as perdas são mais fáceis de lidar.
No desapego, o sentimento ainda é o elo de ligação, mas não há mais a necessidade exagerada de um meio pra que esse sentimento exista, como forma de propagá-lo. As pessoas são mais livres, as relações são mais leves e a vontade de voltar é uma escolha.
É certo que desapegar das coisas que a gente quer ter por perto, é mais difícil do que daquelas que apenas somam e ocupam lugares, mas eu aprendi a desapegar por opção, invés de obrigação. É mais satisfatório saber que não há excessos e as pessoas escolheram, dentre outras, a nossa companhia.
As coisas mudam, os ciclos encerram e as pessoas evoluem...você também. Deixe essa nova pessoa caminhar pelos seus dias, não se prenda ao passado, acompanhe-a, para que vocês possam andar juntas.
Apego, não é garantia de posse. A única garantia é a dependência afetiva, que costuma gerar decepção e preencher o lugar deixado, com sofrimento.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Perfeitamente imperfeito

Uma coisa é certa: Não certifique-se apenas de sua estrutura, atente para a fundação também. Quem quer lhe derrubar, está bem mais abaixo de você.As pessoas poderiam ser mais práticas, não é?
Ou tem caráter, ou não. Mas, elas insistem em fingir, empacar no nosso caminho, gastar nosso tempo e paciência. E além da questão do caráter, existe a questão da crítica.
Acho incrível, a capacidade de percepção que algumas pessoas tem de enxergar erros em tudo que você faz, e onde não tem, colocam.
Eu não tenho problema algum com críticas, principalemente se forem construtivas, mas, quem dá lição de moral e/ou fala como se estivesse em cima de um pedestal, julgando-se muito acima de mim, esquece que a dor da queda, pode ser muito maior que a dor da ofensa.
Eu sou estranha, eu sei, mas não acho que sou difícil de lidar. Eu quero apenas coisas simples: respeito, verdade e consideração. Acho que é o básico que cada um deveria ter pelo outro. Ou gosta de mim, ou não. Ou é meu amigo, ou não. Ou está comigo, ou não. Simples: Ou é, ou não é. Não gosto do caminho mais complicado, da explicação mais longa, nem dos gestos mais absurdos. Apenas seja. Tenha um dia de cão, eu entendo, mas não use seu estado de espírito e seu mau humor para faltar com respeito à mim.
NINGUÉM é perfeito. Se fosse pra saber de tudo, todo mundo já nasceria com 80 anos.
Aposte todas as suas fichas, mas tenha uma carta na manga. Ninguém vai acertar sempre, nem você. Dê a oportunidade de ser surpreendido(a). Mude as regras, dê o "sim" de garantia e faça o outro se esforçar pra evitar o "não". Não se conforme com o resultado do jogo, apele para o acréscimo. Ser firme, não significa ser rude. Aprenda a ser vulnerável, sem deixar de ser autêntico. Respeite as diferenças. Alguém sempre vai ser melhor que você em alguma coisa, e isso não te faz inferior.
Bom...prefiro ser essa pessoa que chora quando tem vontade, se despedaça inteira, mostra os dois lados(interior e exterior), confia cegamente, ama loucamente, a ser alguém que segue regras e exige tudo perfeito, sem tolerância para o erro.
Quem tem um manual a ser seguido, é produto de supermercado...e produto também dá defeito, perde a garantia e sai de linha.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Relatos de uma estudante de arquitetura

Eu não sei qual curso você faz, mas eu faço(arquitortura) arquitetura e urbanismo, que tem como pré-requisito, tempo e paciência.
Pra quem acha que arquiteto estuda 5 (sofridos)anos, para mudar um sofá de lugar, vou explicar o curso(baseado na minha faculdade).

1º período: Cadeiras (inúteis) essenciais, como filosofia, sociologia, psicologia...você ama a faculdade, que ainda te lembra o cursinho pré-vestibular, e todo mundo é seu amigo.
2º período: Cadeiras tão legais, que eu nem lembro quais foram.
3º período: É quando o (sofrimento) curso, finalmente, começa. Cadeiras de cálculo, história das artes, da arquitetura, o uso (do grande tormento do curso) da régua T e a primeira (aberração) maquete.
Andar de ônibus, nunca foi tão desagradável.
4º período: O projeto da maquete torna-se um pouco mais (cansativo) detalhado. A régua T continua fazendo companhia e as "histórias" não tem fim.
Você compra todos os tipos de lápis e grafites (baratos) pentel, papéis de diferentes tamanhos, e sua casa parece o feirão de troca-troca, de tanto material para maquete (entulhado) que você utilizará durante o curso.
Alguns começam a fazer o autocad, na esperança de (se livrar) ganhar mais tempo, na execução (do trambolho) da maquete. É quando você começa a perder suas noites de sono.
5º período: Se imaginou que tem história, acertou. As exigências do projeto aumentam e suas horas de sono diminuem. No 5º (dos infernos) período, a preocupação passa a ser outra: a plotagem.
6º período: Cadeira de Conforto ambiental (conforto mesmo, seria dormir, né?), mais cálculos, maaais história, (professor surfista) materiais de construção, café, energético...
7º período: Oh! Conforto, novamente. Uma cadeira que ainda não citei: história. Urbanismo, projeto digital, que te ensina a utilizar o (facebook) Vector e, até aqui, você já aprendeu a olhar as horas, pela posição do sol.
8º período: (Seminários dos outros)Intervenções em sítios históricos, projeto digital, planejamento urbano, desenho urbano (se você não dormia, projetando uma casa, imagina planejando um bairro inteiro. Sua cama está sempre arrumada, você sente saudade das pessoas de casa, toma café feito água e está sempre sem dinheiro)...estuda (o eco)a acústica dos ambientes e não faz mais um traçado, que não esteja de acordo com as normas. Aprende "faroeste caboclo" em outra língua, mas não decora a NBR que o professor pediu.
9º e 10º período: Como ainda não (morri) cheguei lá, sintetizo-os em TG.
É quando existem as cadeiras de paisagismo, interiores...e espero que terminem as histórias.
Nesse estágio do curso, no primeiro dia de aula, você já está com assunto acumulado e uma "piscadela" já serviu pra descansar os olhos.
No final, gastou-se muito dinheiro com a formatura, para depois ganhar muito pouco de um cliente que espera que você faça milagres.
 

Quando a gente se encontrar...

Que haja o amanhã.
Que eu seja ele, que ele seja eu.
Que eu não o perca, que ele não se perca de mim.
Que os sonhos sejam muitos, que a distância seja pouca.
Que falte o ar, que não falte verdade.
Que dor seja apenas uma palavra, que amor seja todo o sentimento.
Que a saudade aperte, que os nós desatem.
Que seja pra sempre, que seja pra nós.
Que ele seja meu, porque eu serei sempre dele.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Amor e luz! :)

É certo que religião não se discute, se respeita, mas é impossível falar de pessoas que não estão materializadas juntos da gente, sem falar sobre espiritismo. Hoje, dia 02 de novembro, é dia de finados, data dedicada aos que habitam noutro plano, que não compartilham as coisas da Terra, como nós, os encarnados.
Perdi meu pai aos cinco anos de idade, mas, obviamente, não sabia o tamanho daquela perda em minha vida. Comecei a sentí-la à medida que fui crescendo e aquela presença masculina se fazia ausente e cada vez mais necessária.
Desde pequena, estudei em colégio de freiras e, sob influência da minha família, minha religião definida era a católica.
Exceto nos dias obrigatórios do colégio, frequentei igreja apenas em datas específicas(algumas vezes aos domingos também) e sempre rezei o "Pai nosso" como quem repassa o texto para uma apresentação. Por volta dos meus 15 anos, eu já estava acostumada a ficar só em casa, e foi quando enxerguei(meio rápido e com receio) meu primeiro "espírito de luz".
Apesar de notar a presença de alguns deles com frequência, eu não sabia lidar com essa condição que escolheram pra mim, e diversas vezes tive medo. Até que, através do meu cunhado(espírita também), pude esclarecer minhas dúvidas, driblar meus medos e entender que o meu propósito é ajudar as outras pessoas e a mim mesma.
Tive certeza dessa escolha, quando precisei fazer uma cirurgia em 2006. Sem saber muito sobre espiritismo, acreditava que meu pai, de alguma forma, pudesse me ver e ouvir, que Deus(aos que são leigos, espíritas também acreditam em Deus) dava esse direito à todos os entes queridos que deixavam este plano, por isso, horas antes, olhei para um quadro dele e pedi para que estivesse ao meu lado, pois nunca havia passado por um processo cirúrgico. Durante a cirurgia, eu acordei e percebi a presença de um homem ao lado da mesa de cirurgia, bem próximo à minha cabeça, vestindo a mesma roupa que meu pai vestia numa foto. Quando voltei ao hospital, para a retirada dos pontos, perguntei ao médico sobre as pessoas que estavam em volta e as roupas que elas vestiam, e confirmando o que eu acreditava: Havia apenas o médico e o anestesista, próximo aos meus pés, os dois, com roupas específicas para cirurgia.
Naquele dia começou minha fé e eu tive a certeza que meu pai estava(e estará) sempre ao meu lado.
Hoje em dia leio muito sobre espiritismo e sobre nossa missão na Terra. Acredito na palavra e no gesto com intuito de ajudar. Não repasso o texto decorado do Pai nosso, converso com Ele.
Aprendi que a vida é eterna, mas a vida aqui na Terra, é passageira, é uma fase, de sucessivas caminhadas à elevação do espírito, que também é eterno. A Terra é apenas um plano, e seu espírito passará por vários outros.
Aprendi que a velha frase "Aqui se faz, aqui se paga", é absolutamente verdadeira. O corpo é instrumento do espírito, e o que ele faz, a alma padece. O espírito carrega as chagas do corpo, por isso é comum que dois espíritos, antes inimigos, encarnem em corpos de pai e filho e aprendam a conviver juntos, servindo de aprendizado e consequente evolução para o espírito de cada um.
Nosso objetivo aqui na Terra, é de aprender o que não aprendemos noutra passagem nossa, por isso devemos nos afastar de tudo que nos fazem ficar parados.
Alguns espíritos ainda não evoluídos e/ou que não aceitam sua condição de desencarnados, prendem-se às pessoas e coisas que possuíam quando encarnados. Alimentam-se das sensações e vícios que possuíam e, por isso, devemos também ter pensamentos positivos, não deixando que a energia emanada pela nossa raiva e desassossego, atraia-os para perto. 
Acredito em Deus, rezo e agradeço todas as coisas boas que recebo, pois ele é o mentor de tudo que existe. Ele está acima de todos, em todos os planos. Mas, aquela sensação de que fazer o bem, faz bem também pra alma, não é por acaso.
Não enfraqueça seu espírito com pensamentos e atitudes negativas. Liberte-se de sentimentos ruins. Não se importe, apenas, em dar passos largos, aprenda a vencer uma batalha por dia, pois, o mais importante é onde você vai chegar, e não como. Queira o bem, faça o bem. Ajude outro irmão de espírito a evoluir. Sua alma agradece!

Obs: Antes de qualquer coisa, peço-lhe respeito.
Respeito sua religião, ou até mesmo a falta dela. Portanto, respeite a minha.
Espíritos não são fantasmas ou assombração, são vidas.

Como anda o seu passado?
Quantas vezes ele tentou invadir seu presente, e quantas vezes ele foi infinitamente melhor?

Quantas vezes você não teve mais motivos para andar para frente, mas também não quis ficar parado e/ou olhar pra trás? 
Depois de chorar muito, num dia em que cheguei em casa cansada, comecei a me questionar e tentar entender porque eu estava desse jeito e se era exatamente assim que eu planejei estar.
Quis, diversas vezes, reencontrar aquela menina de 15 anos, ou até mesmo avançar para aquela mulher de 30, só pra saber como iria superar o dia de hoje.
Às vezes sinto falta de um passado ocorrido há 10 minutos, de algumas pessoas e de alguns pequenos momentos, que eu queria trazê-los de volta pra preencher um dia(vazio) inteiro.
"Vezenquando", meu passado se faz presente, lembrando que antes de ser casca, foi ferida e já doeu uma vez. Volta e meia eu me armo inteira e fico na defensiva, mas ele torna a lembrar que existem outros meios de me derrubar.
Não se trata de agir exatamente como antes, mas eu queria trazer meu passado de volta, ou ao menos aquela coragem de desisitr de tudo, pois eu sabia que teria ainda muito tempo, porque, sinceramente, a ter um futuro baseado no que vivo hoje, eu prefiro permanecer estagnada no passado.