segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Deixa assim, deixa ser

                               
 
Eu queria ser uma dessas pessoas que continuam, sabe? Dessas que nunca olham pra trás, que despem-se das dores, dos sorrisos, das companhias e simplesmente seguem em frente. Que não se dividem, não se despedaçam, não carregam nem deixam marcas, talvez, apenas pequenos arranhões, que sacodem a areia do corpo, ajeitam o cabelo, levantam a cabeça e tomam uma única direção.
Gente que sente sozinho e chora baixinho. Que não gasta os sentimentos, não se expõe, simplesmente retoma sua vida, com serenidade e maturidade, que até convence que está tudo bem e que cada tijolo de sua estrutura emocional está no mesmo lugar, inabalável.
Sempre fui do tipo que colocava pra fora tudo o que bagunçava por dentro, principalmente o coração. Sem discrições, sem prolongar, perdendo qualquer possível chance de um jogo de conquista, entregando os pontos na primeira rodada, antes do "cara ou coroa", antes de cantar o hino, enfim...
Mas é que sempre tive a sensação de que, quem esconde muito o que sente, sufoca nas próprias palavras, se afoga nas emoções e, o pior de tudo, não vive! Eu sempre tive pavor de morrer por fora, sem ao menos ter nascido por dentro, sempre temí me tornar racional demais, sem nunca ter sentido a loucura da paixão dançando e percorrendo nas minhas veias, de desconhecer os altos picos dos meus batimentos cardíacos, quando um cheiro excitasse minhas lembranças, de não conseguir esboçar empatia alguma, de não sentir a saudade apertar, de não saber o valor da presença, depois de descobrir o vazio da ausência, de não poder contar nos dedos as vezes que arrepiei com o toque das mãos, de sentir frio no coração, invés de sentir na barriga, de não sentir. Eu tenho pavor de não sentir.
Já recebi metades e retalhos de sentimentos, mas nunca soube não me doar por inteiro, não me doer, não ser. Sempre fui carregada pelas pessoas que carreguei no peito. Sempre fui dos extremos. Sempre fiquei pelo caminho, sem step. Sempre intensa, sempre "in tensa", sempre preocupando, sempre "pré-ocupando". Eu sou inteira entrega, todas as horas, todos os dias, mas às vezes queria ser um pouco só minha, apesar de gostar de emaranhar nas histórias dos outros. Eu sempre quis ter medidas e saber escondê-las. Eu só não quero ser essa gente muda, que não muda a expressão do rosto, que não sabe o que é chorar pra depois sorrir. Essa gente que não fica em ninguém, que sempre vai. Essa gente que pensa que está vivendo, mas ainda não se deu conta que está morrendo. Morreu faz tempo, aliás, nunca viveu.


sábado, 15 de dezembro de 2012

Daquela canção de Chico


Talvez essa moça esteja mesmo diferente, e tenha despertado uma grande rispidez para as pequenas coisas. Talvez tenha desacreditado em sorrisos e poucas palavras. Talvez não procure por notícias suas, não sinta mais o seu cheiro por onde passe, nem olhe mais o telefone a cada 10 minutos, achando que você finalmente resolveu ligar. Talvez não te espere mais, nem desespere mais, não estremeça mais nenhum músculo quando sua imagem vem à cabeça. Talvez seu nome seja apenas mais um nome, desses comuns, que na chamada sempre existiam, pelo menos, uns três iguais. Talvez, no fundo, ainda te queira bem, mas talvez nem te queira mais, nem escute mais a música que sempre cantava pensando em você. Talvez não lembre de você com um sorriso no rosto, talvez nem lembre de você. Talvez não espere "mil perdões", ou apenas um "bom conselho", mas talvez você a encontre num bar, rude, seca, fria e esboçando desafeto, e "olhos nos olhos" lhe diga, ainda menina, com "palavra de mulher": "Acorda, amor", "apesar de você, amanhã há de ser outro dia".

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Do "Revoltz" - Ago. 11

Por tudo que não vivemos, obrigada.
Pelos sorrisos descartáveis, obrigada.
Pelas falsas palavras, obrigada.
Pelas oportunidades deixadas para trás, obrigada.
Pelas noites mal dormidas, obrigada.
Pelas ligações perdidas, obrigada.

Pelas festas que não estive e você aproveitou, obrigada.
Pela felicidade sem mim, obrigada.
Pelas esperas em vão, obrigada.
Por todo sofrimento causado, obrigada.
Pela sua infidelidade, obrigada.
Por cada vez que a verdade doeu em mim, obrigada.
Por me fazer desacreditar, obrigada.

Pela necessidade de estar só, obrigada.
Pela certeza que sem você eu sou mais feliz, MUITO OBRIGADA!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Carta ao leitor

Estou me sentindo idiota. É a única coisa que consigo dizer, e acho que você também já ouviu isso uma dezena de vezes. É, a gente mal se conhece, foi pouco tempo e talvez você não seja o mesmo cara daquele que idealizei, depois de tantas conversas. Essa distância toda pesa nos meus dias e, apesar de querer tirar toda a responsabilidade de você mesmo, sinto as palavras sufocadas, sem poder gritar que você está me machucando, que está colocando o futuro bem à minha frente, mas com uma espessa "parede" de vidro, e tem sido a pior visão que já tive de mim mesma e de como poderíamos ser.
Não, não somos tão parecidos como imaginávamos. Eu jamais ficaria de braços cruzados, vendo alguém desmoronar. Eu jamais deixaria alguém na obscuridade de sua solidão, sem ao menos lhe oferecer um feixe de luz. Eu jamais esmagaria o sentimento de alguém e ficaria bem, sabendo que em algum lugar esta pessoa estaria mal. E sabe qual a "má" notícia? Eu ainda conto os dias, eu ainda espero, eu ainda gosto. Eu ainda sinto aperto por dentro. E não seria tão triste e ao mesmo tempo louco, se não fosse por alguém que parece fingir surdez, quando me vê gritar.
É patético me doer tanto e deixar expostas todas as minhas feridas que esses anos todos não conseguiram cicatrizar. É impotência demais pra mulher que você achou que eu fosse. É intenso demais, pra independência que você me ensinou a buscar e, com certeza, na sua lista de mulheres bem sucedidas, não tinha uma aspirante a alguma coisa, e com tanta afetividade escorrendo pelos poros. E você não imagina o quanto me decepcionei com aquela sua atitude meio madura, inteira covarde de desmarcar numa mensagem e me provar que eu não era tão importante pra você, como cada minuto seu era pra mim.
E agora você deve estar dando risada e repetindo pela enésima vez: "a gente nem tem nada". E eu vou rir de mim mesma, da minha infantilidade e dizer do modo mais imaturo que sei fazer: "você me tem!".
E não pense que é carência. Você não sabe, mas a vida já foi tão rude comigo, cara, que permanecer apaixonada por alguém, é abdicar da sanidade. É afeto mesmo, com todos os carinhos e as saudades que cabem dentro de um querer.
Cadê aquele cara que um dia falou que eu não estava mais sozinha? Porque, desde então, a única coisa que encontro em volta são vazios. Te lembro, te relembro, te leio e te estudo em cada livro, em cada sessão de terapia, em cada vez que eu esperei o telefone tocar. Inevitavelmente, as histórias se parecem, e eu não quero alguém com um passado tão presente. Você parece a antecipação do meu futuro. Mas não pense que és essencial pra fazer alguma coisa mover-se. Ainda não és.
Sei que, pra você, apenas grandes histórias (ou qualquer história que comece) são dignas de textos e sentimentos desesperados e rasgados. Mas, pra mim, qualquer fagulha de qualquer coisa merece ser vangloriada (coisa de quem esteve só diversas vezes, sabe?).
Mesmo que você continue com seu silêncio, espero que não sufoque nas próprias palavras.
Se encontre em outras 50 mulheres, mas, por favor, não se perca de mim (lembra?).

Beijos...na testa e no nariz!

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Tá gravado

E quando me perguntei: Por que não ele? Outra voz antecipou a resposta: Por que ele?
E lembrei de Alberto Caeiro: "Pensar é estar doente dos olhos", e deixei de achar, e resolvi achá-lo.
E eu, que há muito desacreditara em contos de fadas, passei a acreditar em finais felizes.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Bem, meu bem!


Eu pensava que um dia olharia para trás, e perceberia o quão tarde era para pensar em mim.
Mas esse dia chegou (finalmente), e acho que não poderia vir em melhor hora.
Não, eu não desisti das pessoas, apenas me coloquei como prioridade. Aqueles antigos sonhos de casar na praia, ter uma casa sustentável, feita por mim, e filhos lindos no café da manhã, estão todos aqui, borbulhando dentro de uma "caixa".
Eu quero ser mais eu, sozinha ou em companhia. Quero não fazer absolutamente nada ou perder o sono, em meio aos projetos. Quero cuidar da fundação, depois do piso, até a laje (arquitetônicamente falando), uma coisa de cada vez. Quero chorar de alegria, ou não, mas que não tenha uma decepção como causa. Quero Paris, quero MASP, mas antes eu quero aqui dentro, ó (mente sã). Quero todas as ruas, todas as placas e todos os sinais verdes. Quero me perder, sem precisar me encontrar.
Hoje, quando meus olhos ensaiam derramar uma lágrima, dou dois passos pra trás e digo: "Isso não é pra mim!". Não que eu seja incapaz de ir à luta, mas por conhecer os caminhos e saber que é perda de tempo e de sossego.
Talvez, amanhã, eu resolva começar a academia, ou quem sabe pilates. Mude o número do meu telefone. Talvez desmarque o psicólogo, ou, talvez, pague dobrado. Talvez resolva, nos 45' do segundo tempo, alcançar todas as metas que listei pra esse ano. Talvez tome coragem e ligue pra meia dúzia de ex (os sacanas) e mande pra aquele lugar, volte ao ballet ou realize o sonho de fazer esgrima. Talvez desapegue de tudo, entre para uma ONG e ame mais o meu cachorro. Talvez trague um cigarro, ou faça coisas que jamais pensei fazer. Talvez faça uma loucura, ou mude de religião. Talvez, amanhã, eu mude o texto. Talvez eu seja a melhor arquiteta, ou não, mas e daí? Eu poderia querer todas as coisas do mundo, poderia querer voltar a ser a mesma de quinze anos atrás, ou poderia ser a mulher bem sucedida que planejei ser aos 30, mas ser feliz já me basta!
 
 
 
 
 
 

sábado, 1 de dezembro de 2012

REcomeçar!

E aqui estou eu, novamente, apostando todas as minhas fichas em quem nem entrou no jogo. Gostando, gastando e despejando meus sentimentos em locais de fundo falso. Me apegando, me doando e me apagando, por pessoas que não se importam com o tamanho do meu sorriso, ou da minha dor. Sou inteira de mágoas, mas me refaço rapidamente quando em companhia. Desista de entender, não sei lidar com a solidão, embora seja uma. Eu tenho aversão à indiferença. Se não me rasgo inteira, não sou eu. Se não me reinvento, não somos nós. Eu gosto de graça, mas não esqueça de mim. Não me deixe à mercê das minhas lágrimas e na companhia da sua ausência.
E agora, lá vou eu desfazer a história, desmontar o cenário, avisar pro meu sentimento que o espetáculo foi cancelado, retirar os enfeites, apagar a luz e fechar a porta. Lá vou eu, voltar os caminhos, pro começo do jogo, e ficar uma rodada sem jogar, me perder nos livros e perceber que não há bebida forte que dissolva o nó na garganta. Lá vou eu, aprender que segurar um amor com as duas mãos, é viver se equilibrando na vida.
 
 
 

domingo, 25 de novembro de 2012

Volto depois


"Right Through You"

É, eu sei...eu não deveria te querer tanto.
Eu não deveria sentir falta desse seu sorriso no canto do olho.
Não deveria sentir teu cheiro, quando caminho sozinha pelas ruas.
Eu não deveria achar meu fim de semana uma droga, porque você não está aqui.
Não deveria sentir necessidade de te contar como foi meu dia.
Não deveria desejar você preenchendo minhas 24 horas, 30, se tivesse.
Não deveria sentir apertar o peito quando você se fizesse presente, nem sentir nó na garganta porque a gente não se falou.
Talvez eu só esteja empolgada com tudo que você fez, mas, como minha vida passou a ter mais sentido, depois de todas essas suas coisas! E como queima tudo aqui dentro, essa sua frieza.
Acho que nunca fui tão "sustentável". Nunca renovei tanto minhas energias, esperando o dia que você pudesse vir por inteiro. Nunca quis tanto resolver meus vinte e sete anos de dúvidas. Nunca quis ser tão melhor, como tenho procurado ser. Nunca olhei tanto para os meus defeitos e nunca quis tanto elevar à décima potência, todas as minhas qualidades que você admira. Nunca quis tanto ser de alguém.
E eu planejei a gente, planejei os dias, as noites, a casa e até nossos filhos no café da manhã. E eu nunca quis tanto que meus domingos fossem de frio, com você esquentando do lado. E nunca quis tanto parar as horas, pra prolongar uma conversa ao telefone. E nunca senti meu coração bater tão forte e ao mesmo tempo pacificador.
E talvez você seja só mais um, igual a todos os outros, que vai machucar e dizer apenas um "foi mal", talvez amanhã eu perceba que eu perdi muito tempo. Mas, eu queria que você soubesse, que se eu perdi, foi porque você me fez, em algum momento, encontrar. 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

RE: Saudade

Do dicionário, saudade: "sentimento melancólico causado pela ausência ou pelo desaparecimento de pessoas ou coisas a que se estava afetivamente muito ligado, pelo afastamento de um lugar ou de uma época, ou pela privação de experiências agradáveis vividas anteriormente."
Talvez eu tenha feito algum texto, anteriormente, falando sobre esse sentimento, mas, por mais que eu escreva, ainda é o mesmo. Saudade das risadas que não dei, dos encontros que não fui, das vezes que não chorei e de toda aquela mistura de momentos e afetos.
Fico me perguntando quando a saudade deixará de ser vazio latejando e passará a ser lembrança encorajando. Acho que, de todas as vezes que fui inteira sentimentos, eu senti saudade de ser pela metade. Quisera eu não ter ido atrás do cheiro, quisera não pertencer ao vício de ser do outro, quisera não sentir. Quisera não me doar, nem me doer (como dizia Caio Fernando Abreu).
Quero sentir saudade do que ainda é, não do que poderia ter sido e não foi. Não me alimento de coisas materiais, nem engrandeço com palavras, mas sou movida a pequenos gestos.
Gosto de pessoas de verdade, com defeitos de verdade e é justamente das manias que sentirei falta.
Não me venha com medos fantasiados ou possíveis finais felizes, apenas venha. Pois, apesar da saudade, eu não quero companhia, quero companheiro.

domingo, 21 de outubro de 2012

"Cresça e desapareça!"

Apesar do poeta cantarolar que "é impossível ser feliz sozinho", nunca foi tão mais saudável conviver com a própria companhia.
Não são critérios rigorosos, mas os seres do sexo masculino (homem, pra mim, é outra coisa) estão demonstrando total inexperiência quando o assunto é mulher, e tem sido cada vez mais difícil selecioná-los.
Impressionar com carro e objetos caros, aparência em evidência e totalitarismo, podem atrair garotas deslumbradas, mulheres, não. Tem muito zé mané cheirando a leite, achando que exala cheiro de macho.
Tratar bem não é enchê-la de recados prontos nas redes sociais, isso chama-se "exibicionismo em excesso". Tratá-la bem é respeitá-la e admirá-la como parceira, não como vaca no pasto, esperando o touro reprodutor.
Outro ponto crucial: Mau humor faz qualquer mulher perder o encanto, até se o tal príncipe fosse o William. Meu carteiro, que anda o dia inteiro debaixo do sol, é mais sociável. Aprenda: Mulher não é capacho, nem o chão que você pisa e descarrega as energias negativas.
E o que falar das mentiras? Eu não cheguei aos 27 anos pra brincar e decifrar regras de joguinho de moleque indeciso, muito menos perder minhas noites tentando imaginar onde ele está ou tentando juntar as diferentes histórias ditas nas duas últimas horas, antes de desligar. Não existe coisa mais broxante do que um homem mentiroso.
Falta de atenção, falta de cuidado, desrespeito e mentiras em excesso são a direção certa para perder uma mulher, num caminho sem volta. Caras que desejam uma mulher, mas não se comportam como homens: por favor, cresçam!
 
 
 
 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

11/10 - 01:26 am




Já chorei tanto e disse que era pra sempre, mas aí lembrei que também falei isso antes dele aparecer.
Não que eu não sinta algo por ele, só que eu acho que sou totalmente capaz de sentir algo por mim também, e melhor ainda, por outro.

domingo, 7 de outubro de 2012

Por fim, enfim, o fim


                                      
 
Por um segundo, a respiração parou, o coração apertou e a voz falhou. Esperávamos para o futuro, o que hoje virou passado. As horas não passam, o dia não sorri e a noite não esquenta. O tempo empoeirando os gestos e os lugares enfatizando o vazio.
 
A companhia, agora, é só nossa, o coração ainda é do outro, mas não nos pertencemos mais.
Atravessar os dias, tornou-se um fardo, e reviver histórias é algo que só a lembrança consegue realizar.
 
O telefone não toca mais, nossas mãos também não.
Nossa música parou, tudo lá fora mudou e a felicidade não ficou.
E agora sobrou apenas eu, do outro lado, ligando, tentando, imaginando e desejando você.
 
 
 
 
 

sábado, 6 de outubro de 2012

Nós



Eu te preciso tanto. Minhas lembranças te precisam e meus dias arrastam o peso de tua ausência.
Eu não me explico, a gente não explica o fim, mas todos já sabiam.
Faltam-me as palavras pra tantos sentimentos, e momentos, perdidos e acumulados.
E, por mais que me esvazie de lágrimas, a saudade ainda ocupa tudo.

sábado, 8 de setembro de 2012

Conte-me mais...


É engraçado como cada um tem uma maneira de se defender. As mulheres reclamam dos homens, mas vivem à procura do homem ideal. Já os seres do sexo masculino são unânimes ao disparar que eles são bem simples de entender, ao contrário de suas parceiras.
O fato é que ninguém conhece ninguém. Hoje existem homens agindo como mulher e vice-versa. Ambos sentem-se mais livres para buscar a felicidade, seja lá a maneira que ela tenha. 
Seguindo a linha de participação masculina no blog versus comparações entre o casal, criei uma enquete onde cada um avalia seu próprio comportamento (e do outro também), desta forma, deu pra perceber que os homens não são muito diferentes de nós mulheres, e que AINDA podemos nos surpreender com suas reações.
A enquete constitue um questionário com 10 (dez) perguntas, onde homens e mulheres tiveram acesso às mesmas. Numa média (e algumas respostas pessoais, porque morri de rir), as respostas foram as seguintes:
 
- Resposta em vermelho para as mulheres  
- Resposta em azul para os homens.

1) No primeiro encontro, você observa:
a) se o outro veste-se bem.
b) a maneira como comporta-se (boas maneiras, educação, inteligência e senso de humor).
c) se o outro toma uma iniciativa.
d) se é bonito(a).
e) o celular, e se alguém curtiu seu status no facebook.
resposta: b
resposta: b


2) Depois do primeiro encontro você:
a) se estiver afim, liga em menos de uma semana.
b) mesmo afim, espera mais um pouco.
c) não liga, espera que o outro ligue.
d) não ligo = não estou afim.
e) nem troco telefone, porque não terá outro encontro.
resposta: c 
resposta: b

3) Em um relacionamento, celular desligado, em plena sexta à noite, é:
a) Happy hour com os(as) amigos(as).
b) esqueci/perdi o carregador.
c) aproveitar que não acorda cedo no sábado e desligá-lo para dormir bem.
d) Tô na farra.
e) in-fi-de-li-da-de, com certeza.
resposta: d
resposta: d


4) Dizer que ama no primeiro mês de namoro é:
a) carência, só pode!
b) o que vivemos é intenso.
c) tenho 15 anos e acho que gostar demais já é amor.
d) tá quereeeeeendo...
e) já ouvi mentiras melhores.
resposta: c 
resposta: d

5) Ser amigo(a) da(o) ex é:
a) ficada garantida.
b) normal.
c) burrice.
d) aí tem...
e) não existe amizade verdadeira entre ex.
resposta: d
resposta: d


6) Seu (sua) ex, resolveu lhe valorizar agora, e não para de ligar arrependido (a), você:
a) atende, mas diz logo que está ocupada (o).
b) atende, marcam pra conversar pessoalmente, e talvez reatem.
c) atende, marca, mas dá o troco.
d) rejeita e desliga o celular.
e) não atende, porque não é "pai de santo" pra receber exú.
resposta: c
resposta: d (ou não atende e depois diz que não tinha nenhuma chamada)

7) Depois de um porre, você:
a) liga para o(a) ex.
b) para o(a) atual.
c) para o(a) melhor amigo(a).
d) aproveita o efeito da "manguaça" e liga pra se declarar.
e) liga para o criança esperança.
resposta: nenhuma das respostas, quando tô bêba aproveito a festa (ou seja lá onde eu estiver) e depois do porre eu só quero dormir.
resposta: d (pra todas)

8) Você está no telefone conversando com o(a) ficante, que você está afim, mas seus créditos acabam e a ligação encerra enquanto o outro ainda estava falando, você:
a) arranja um outro telefone pra ligar ou pede créditos extras.
b) depois manda uma mensagem pela internet (operadora ou facebook).
c) quando o encontrá-lo(la) no msn, você se explica, não importa o quanto demore.
d) liga a cobrar.
e) desencana e depois finge que nada aconteceu.
resposta: a
resposta: b

9) Na sua opinião, um homem está afim quando:
a) no primeiro dia, leva a mulher para um restaurante caro.
b) retorna a ligação quando chega em casa ou, no máximo, no dia seguinte.
c) comenta sobre um segundo encontro.
d) fala no msn, mesmo estando off.
e) deixa claro que não quer compromisso, mas continua saindo.
resposta: c 
resposta: d

10) Na sua opinião, uma mulher está afim quando:
a) fala de um possível segundo encontro.
b) fala da família.
c) tira logo o status de "solteira" da rede social.
d) gasta uma fortuna numa lingerie para usar com um ficante.
e) atende todas as ligações.
resposta: e
resposta: a

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Deixa, mas não me deixa




Ei você, que não se importa com meus passos, me diz, por que você mexe tanto comigo? Por que você vira meu mundo e meu estômago? Por que eu sou capaz de tropeçar mesmo parada e faz tremer cada músculo meu, quando você chega perto? E eu que me pego pensando nessa sua barba mal feita e em todas as coisas bem feitas que a gente fazia. Me diz, por que você é tão certo, numa hora tão errada? Por que você não liga pra dizer que mudou de ideia, invés de mudar o meu humor com sua indiferença? No começo era estranho, era tudo novo e novo demais pra mim, e agora eu já consigo te ver preenchendo cada espaço dos meus dias. Por que não esquece todos os caminhos que levam você pra longe de mim e da gente? Por que as coisas banais o torna tão presente? Por que insisto em inventar um final feliz pra nossa história (trágica) que já acabou há tempos?
Me faz um favor? Volta aqui, nem que seja apenas pra buscar todo sentimento que ainda ficou em mim. Mas leva tudo, não deixa nenhum resquício que possa fazer ressurgir qualquer pedaço seu. Quer saber? Não tem jeito! Me leva junto também. Eu sei que algo em mim sempre (e pra sempre) vai mantê-lo vivo.
 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012





01:27: Sinto sua falta.



 

Sonhei com a gente.
Eram todos os nossos "sins".
Eram a liberdade, o abraço e as horas.
Tinha um pouco de ligação na madrugada e um muito de saudade.
Tinha você pela primeira vez, tinha a gente pela última vez.
E tinha ausência, e um pouco de tristeza.
E tinha uma lágrima, e tinha centenas de "nós".
Tinha um "por que?" e um "até quando?".
Tinha um "adeus" também.
Tinha todo o meu amor, só não tinha você.


domingo, 2 de setembro de 2012

AMA - (en) durecer



Tanta gente entrando e saindo da minha vida. Tantos dias transbordando vazio. As esperas empoeiradas, o coração batendo só. Amadurecer tem um pouco disso, esboçar satisfação ao que te deixa em pedaços. Não gosto da ideia do ser e depois não ser, na vida de alguém. Eu quero ser sequência, quero ser frequência, ser contínua, e "pra sempre". Não quero ser (apenas) a boa lembrança de um passado próximo, quero ser presente e inesquecível também. Quero ser do hoje, não de algumas semanas atrás.
Amar é pra poucos. É correr riscos, é abdicar a vida (interna), é preparar-se pra morrer (por dentro), é vestir a melhor roupa pra sujá-la com o pior molho, que não há receitinha caseira que remova. E amadurecer, é quase um caso de amor-próprio com seu lado bipolar. É resgatar o seu "eu" autêntico, quando a "enfermidade" do desgaste diário pesar nos seus dias.
Mas, amar demais sozinho, faz endurecer. Fechar-se em pedra ou túmulo. É esgotar as fontes de energia vital e aprender a produzir meios de sustentação para atravessar a rotina de gente grande, com os joelhos (e o coração) ralados, feito criança.

domingo, 26 de agosto de 2012

Daquilo que foi...e se foi


E como se fosse a coisa mais simples, você me pede pra seguir em frente, pra ser feliz, como se depois disso tudo, de tudo que eu fiz, o que eu quisesse fosse ser feliz sem você.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

(...)



Existe alguém contando os dias pra ser feliz, enquanto eu só queria parar o tempo pra diminuir minha dor.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

viTROLLinha




Subentendido


(Nem todo texto tem um alvo, mas esse tem. Nas entrelinhas não se escreve nada, mas compreende-se tudo.)

Mesmo com todas as possibilidades de dar errado que concretizam-se no final, eu ainda não tenho medo de me apaixonar. Aliás, sou movida pela paixão. Sempre gostei das surpresas, do alívio antes de dormir, da ligação antes de acordar e daquela mistura de sensações que reviram o estômago e a vida inteira. Aversão, mesmo, eu tenho às pessoas que têm medo de se descobrirem apaixonadas. Pessoas que vigiam os próprios sentimentos e sempre têm uma explicação racional pra tudo.
Sim, eu já desejei, diversas vezes, não ser machucada, porque eu sou do tipo que sofre como um enfermo, morrendo um pouco a cada dia, até ser levado a óbito, e não meço palavras para falar sobre o que sinto. Mas, e daí, que vou me apaixonar pelas coisas mais banais? E daí, que vou manter o celular por perto todas as horas, e checá-lo todos os minutos? E daí, que sou do tipo que se envolve com os problemas e planeja ser a solução de todos eles? E daí, se meu ponto focal for a paixão desenfreada e desmedida?
Eu não sei arrumar os sentimentos em "pastas etiquetadas, em ordem alfabética, numa prateleira", nem sou tão pragmática com eles. Desconheço o que existe entre o 8 e o 80. Eu me misturo toda, mesmo sabendo do esforço que se tem pra separar o meu, do dele e o nosso. Me envolvo e desenvolvo.
O meu problema foi (em suma) me apaixonar por quem não estava disponível pra tal. Que usou a razão em demasia, que perdeu ou que jamais teve. Quando dava por mim, já estava sentindo o cheiro por onde passava e ansiando por qualquer tipo de afeto.
Não vou dizer que não valeu a pena, se hoje tenho posse de uma certa maturidade para desorganizar os sentimentos (e meu eixo emocional), organizá-los com palavras e transformá-los em textos para o blog, eu conquistei com meu passado. Se me permiti conhecer e apaixonar por outros caras, o mérito foi todo do meu passado também, por me fazer querer algo melhor (a gente não manda no coração, mas pode mandar o fdp pro raio que o parta, né?).
Ser sensível não é ser fraco. Não me julgo num baixo patamar de evolução e/ou maturidade. Ser honesto e dizer o que sente, nunca foi atitude de principiante em fase de teste, pelo contrário, dizer o que penso/sinto como crítica, serve para o outro repensar os atos e não magoar ninguém. Como expressão de empatia, mesmo que venha com rejeição como resposta, serve para ensinar o quanto vale a pena ser importante na vida de alguém...e em sua maioria, os que rejeitam são os que mais precisam. 
O problema não é dizer o que sente, e sim por quem se sente. Não confio em gente que usa a razão pra tudo. Acho que é capaz de lhe magoar e ter uma "desculpa" racional, ainda que lhe veja aos pedaços. Também não digo que algumas pessoas não saibam lidar com rejeições e críticas, mas, na verdade, nem todo mundo sabe (e merece) lidar com sentimentos. Algumas pessoas não merecem que você sinta, outras nem merecem sequer saber. 

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Mas eu amo mais



Sabe qual é o seu problema? A garantia do que sinto. Aliás, o problema é todo meu, por amar alguém tão filho da puta. Mas garantia sempre tem um prazo a vencer, e, acredite, conto os dias pra isso.
Não vejo a hora de expulsar você dos meus pensamentos e dos choros antes de dormir, de todo frio na barriga e calor na nuca, quando você se faz presente de alguma forma. De toda ansiedade, de cada procura, de cada saudade, que não me livra do vício de ir até você.
Quero a liberdade de não pertencer às mãos de alguém que me entrelaça nos dedos, nas mentiras e me sufoca. De quem me tem inteira, mas só leva uma parte. Quero esperar menos e realizar mais. Quero a leveza que os dias têm, quando o sentimento é recíproco. A droga é que eu queria que desse certo, mesmo você sendo um cara tão errado. Preciso aprender a lhe deixar, porque a mim, aprendi sozinha. Não quero certezas de um amor, me basta que apenas seja. Que entre, preencha e transborde, mas não cave mais vazios.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Era uma vez o amor...


                                          ...aí eu coloquei gelo e bebi.

domingo, 12 de agosto de 2012

Feliz dia, meu pai!

E nossas fotos são sempre assim: felicidade e comemorações.
Eu era tão pequena, mas não sabia o quão grande teria que ser.
Hoje amanheci sem ter a quem desejar um "feliz dia dos pais" e receber um abraço. Não me preparei, não comprei presente, nem me enchi de expectativas.
Poderia ser um dia como outro qualquer, mas a saudade fez questão de marcá-lo com a dor da sua ausência. Dói. É como se tivesse tirado uma parte da minha história, e minha vida terá sempre essa lacuna. Os dias terminarão sempre com o vazio e a dúvida do "E se você ainda estivesse aqui, como teria sido?".
Será que no meu aniversário eu poderia pedir você aqui, só por 2 minutos, só pra me dar um abraço e me dizer que, apesar de tudo parecer tão difícil, as coisas vão melhorar? E se eu pedir com fé, será que eu alcanço? E se aquela menina de 5 anos pedir para Papai do céu, será que ele atende?
Não me serve uma presença masculina qualquer, nas noites difíceis eu preciso de um PAI.
Às vezes desejei não ter crescido. Não pra ser eternamente criança, mas pra te ter comigo ainda. Queria voltar no tempo e parar aos 5 anos de idade. Queria ter dividido mais a cama com você(s), ter chamado mais sua atenção, desfilando minhas roupas novas e ter feito mais desenhos na escola pra lhe entregar.
Lembro de você na cama do hospital. Fui lhe visitar uma única vez, era muito pequena e me pediram pra dizer algo para você, e falei: "Volta logo!". Saí de lá esperançosa, mas você não voltou. Em meio a tantos parentes sofrendo, eu olhava em volta e não entendia. Um ano depois em diante, eu repetia sempre o mesmo VHS, só pra lhe ver sorrindo.
Hoje meu pedido é diferente, mas com a mesma esperança daquela menina de 5 anos: "Não me deixa nunca mais?" Deixa eu continuar sentindo a energia da tua presença.
Você não está mais aqui (fisicamente), mas o carregarei nas minhas melhores lembranças PRA SEMPRE!

Sei que você vai receber essa mensagem e verá minhas lágrimas que se misturam com saudade, amor e um pouco de tristeza.

FELIZ DIA DOS PAIS!
Paz, amor e luz!!!

Amo você! Saudades!
Beijo

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Texto-monólogo-sem-fim

Prender o choro, dói na garganta e pesa demasiadamente. Sufoca. Mesmo que chorasse dez madrugadas seguidas, não esvaziaria.
Essa coisa de desapego é muito moderna  pros meus romances de folhetim. Gentileza e alguns sorrisos arrancados, e já é causador da minha felicidade. Fingir que estou bem e não me importo com perdas é coisa de novela mexicana. Sou intensa demais pra passar despercebido na vida de alguém. O velho conselho "ergue a cabeça, estufa o peito e segue em frente", pra mim, é coisa de soldado em desfile pela cidade. Eu me despedaço mesmo, perco o chão, a identidade, perco até a vida, morrer por dentro é muito pior e devastador, acredite. Eu choro, faço drama, viro comédia pra uns, tragicomédia pra outros. Eu falo o que sinto e perco o poder de conquista por W.O., perco possíveis amores, possíveis futuro-marido-se-Deus-quiser-amém, perco o controle, perco a razão, só não perco o número do telefone do dito-cujo-de-sorriso-lindo-passo-mal...e lá vou eu mandar mensagem e perder de vez o fingimos-que-somos-amigos-mas-damos-uns-amassos. Sou excessivamente bipolar (se é que isso é possível) pra aprender a ter autocontrole. Pra você ter ideia, esse texto era pra dizer o quanto eu estou querendo gritar minha infelicidade por gostar de quem não devia, e estou rindo e adorando brincar com os adjetivos pro moço-que-partiu-meu-coração-desgraçado-merecia-sofrer-mas-não-consigo-desejar-o-mal-amém.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Seja você, que meu EU já tem dona


Me desliguei dois dias do mundo e criaram um dicionário da verdade absoluta e o manual "Como ser politicamente correto em 100 dias"? Só pode! Eu nunca vi tanta gente querendo me moldar aos julgamentos próprios. Só faltam me dizer: "Nasce de novo, que essa não tem mais jeito!".
Cada um adquiriu posturas de acordo com as circunstâncias, cada um sabe (ou deveria saber) de si, do que lhe causa mais dor e do que lhe arranca sorrisos largos. Somos bombardeados de informações relacionadas à conduta, e cabe (somente) a cada um de nós absorver, filtrar e tomar pra si o que os outros aconselham. Em meio a tanta lição de botequim, quer dizer, de moral, faltou o principal: RESPEITO.
Não fomos fabricados em série, nem temos rótulo, muito menos validade (data exata), portanto, não precisamos ser uniformes, não precisamos ser "imagem e semelhança" de ninguém. As ações (e reações) tornar-se-iam previsíveis demais. Chatas demais. Total perda de identidade.
Aceito conselhos e estou em fase de adaptação às críticas (tô tentaaando), mas a verdade é que todo mundo quer modificar o enredo da sua história, e quando acaba o "samba", resta apenas você com você mesmo (e uma partitura de decisões a serem tomadas, pra ontem).
Não adianta! O dia que eu estiver mais racional, deixarei de ser Enid. Não consigo ser superficial, não sei compartilhar sentimentos de plástico, não dou corda, nem funciono à pilha. Eu sou intensa, nas palavras e, principalmente, nas atitudes. Não faço a menor ideia de como é "não me importar com os outros", não sei esconder sentimentos, me sufocaria se assim fizesse. Daaaaaaaaaaaaane-se você que não consegue nutrir nenhum sentimento (a não ser a desconfiança e a repulsa) por qualquer pessoa que se aproxima. Tenha o coração rígido, mas não queira petrificar o meu. Não me julgue inferior, por fazer parte de uma minoria que não sabe colocar uma máscara e enfrentar o mundo. Não meça minha força, através da minha estrutura emocional.
Existe uma vida inteira acontecendo e você deixando passar, querendo modificar a minha. Posso melhorar, mas não posso mudar. Agradeço a ajuda, mas desculpe-me, não consigo ser outra coisa, senão EU.

domingo, 5 de agosto de 2012

Conexão indisponível no momento

De tanto vasculhar o passado, perdi o sono. Fico me perguntando até onde irá essa possível paz e/ou quantas vezes será permitido ter recaídas. Há dias em que tudo é muito confuso e é necessário certificar quais bases utilizei para manter minha estrutura emocional erguida. Dias como hoje, por exemplo. Tentei distrair o pensamento várias vezes, sempre que um fragmento seu quis me desconsertar. Daqui a pouco amanhece um novo dia pra você e eu ainda me pego com as mesmas saudades de ontem. Madrugada de segunda-feira, nada mais entediante do que me ver pensando em nós dois. Hoje tudo volta ao normal e algo seu ainda me desequilibra. Ao meu lado, apenas mais um dos meus nove livros de auto-ajuda, de nome "Não leve a vida tão a sério", me encorajando a sabotar os compromissos de logo mais, já que pensar em você, naquilo que não foi, apagou minha fagulha de felicidade e entusiasmo por qualquer coisa rotineira. Dediquei um fim de semana inteiro a mim mesma, mas resolvi me boicotar no restante dos dias. Eu estava indo tão bem. Me divertindo tão bem, me cuidando tão bem...fingindo tão bem. Chequei o celular e a caixa de e-mails. Você não estava. Pensei em mandar mensagem, mas deixei nos rascunhos. Duas horas e dois minutos, será que é você pensando em mim? Claro que não. A gente tinha umas manias estranhas, não é? Ai, meu Deus...de quem estou falando agora? Acho que vou tomar uma dose pra esquecer você, em seguida tomo duas, pra lhe enxergar pedindo pra voltar.

Saudade, talvez...


Por que às vezes você me dói em lembranças e lugares desconhecidos?
Por que insiste em voltar para os meus dias?
Pra quê fazer meu coração se sentir menor?
Pra quê prolongar minhas noites com choros altos?
Pra quê bagunçar minha vida, se você sabe que não volta pra organizá-la?
Será que não percebe o descompasso que me causa?
Que ser intensa, me machuca?
Que esse amor me eleva num dia e me derruba no outro?
Que eu me sentia estagnada e hoje me sinto voltando os passos?
E você me diz que ainda quer fazer parte dos meus dias, mas você já faz parte da minha vida, e esse é o meu grande problema.
Você é muita coisa pra mim, sou muito pra você...mas "nós dois" não somos nada.
O que fomos, se perdeu nesse tempo que demos às coisas mal resolvidas.
Não foram as brigas, fomos nós.
E porque eu insisto em esperar por aquele casal que ria dos desencontros, que fazia planos e dizia ser feliz?

Amor?

Por onde eu começo? Pela minha verdade ou pelo que você espera ler? Vou começar falando de mim, porque, ao menos agora, eu serei prioridade.
Eu queria falar sobre os meus dias, da espera de uma atitude sua, do momento em que seu lado verdadeiro finalmente virá falar comigo, que seus desejos fiquem por último e todas as vadias que você corre atrás também. É uma droga, eu lembro do seu sorriso o tempo todo, mas lembro das mentiras também. Então, começo achar que os sorrisos traduziam ironia ou vitória, de ter descoberto o seu mérito por me ter tão exclusivamente sua. E é quando tenho raiva dos meus. Te ver forte e de braços cruzados, enquanto eu me despedaço, me faz pensar que você esperou por esse dia, desde sempre. E seu ego agradece. Queria descrever a minha vontade de abrir mão de tudo, da forma mais triste que eu encaro como te dei meus dias e minhas noites, pra você ignorá-los num momento, em que se perde em beijos. Eu queria te perguntar sobre a sensação de ser a pessoa mais importante na vida de alguém, pois eu nunca tive essa resposta. De como é deitar aliviado no travesseiro e acordar sorrindo, enquanto eu dormi chorando. Do quanto você consegue ser você mesmo, sem nenhum remorso. E as lembranças? Você apagou junto às minhas mensagens do seu celular? Quantas vezes você foi contra o seu egoísmo e a favor de nós dois? Nenhuma, não é?
Pois bem, se você veio até aqui, esperando outra coisa de mim, aqui vai: Me sinto muito bem, aliviada até, esperando aquele cara que me dará a certeza que estar com você foi a maior perda de tempo, de sentimento e de mim.


 

De: Kim McMillen

Pensei muuuito nesse textos nos últimos dias.
Acho perfeito e vale a pena compartilhá-lo!!!!  :)


Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome…Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é…Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de… Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é… Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável… Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama… Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é… Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei menos vezes.
Hoje descobri a… Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é…Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é… Saber viver!!!

sábado, 4 de agosto de 2012

É...


Quando vou à uma entrevista de emprego, me apresento e falam assim: "Excelente! O que mais você sabe fazer?", por dez segundos passa pela minha cabeça responder: "Sei amar intensamente, sei me importar demais com quem não se importa comigo, sei quebrar a cara e me apego de um jeito, oh, com excelência!"

Não acaba quando termina

Droga! Lá vou eu, de novo, vasculhar meu passado pra vê se te encontro mais merecedor de mim, menos cafajeste e mais homem. Lá vou eu checar essa porcaria de rede social, que vive em pé de guerra com meu sossego, e que todo dia eu tenho esperança de encontrar por lá um bom motivo pra dizer que você não vale a pena tanto assim, mas eu vejo esse seu sorriso filho da puta e começo a chorar, achando que fui feliz, mesmo com o estômago comprimindo, o coração apertando e a saudade sufocando.

A paixão e seus efeitos colaterais

Deveria ser coisa fácil. Eu não deveria querer te ligar às 2 da madrugada; não deveria querer te ver em plena quarta-feira, ao meio dia; não deveria sentir seu cheiro numa multidão e emaranhado de outros cheiros; não deveria te procurar nos lugares, quando coloquei minha melhor roupa; não deveria achar todos os outros caras menos interessantes; não deveria desejar que as horas parassem, e o elevador também; não deveria achá-lo perfeito, todos os dias; não deveria achar que uma núvem de chuva está sobre minha cabeça, enquanto eu vejo o sol, quando você conversa com outra; eu não deveria desejar que seus movimentos fossem calculados de forma errada e sua mão encostasse na minha; eu não deveria pular de alegria quando a mensagem fosse sua, e odiar a operadora por frustrar minhas expectativas; eu não deveria disparar o coração quando você diz meu nome, eu não deveria querer pular nos seus braços sempre que você me dá um sorriso; eu não deveria querer que todas as chamadas do meu telefone fossem suas; eu não deveria me pegar imaginando o quanto a gente poderia ter dado certo; eu não deveria querer ser sua amiga, se amigos não fazem metade dos planos que faço com você.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Me faz um favor? Fica!



Perdi as contas das vezes que olhei para o telefone e reli as mensagens imaginando sua voz.
 Por que deixei você ir embora, se eu queria ter dito: "Fica! Espera, ao menos, eu acostumar com sua ausência, depois você pode ir pra bem longe, onde nem meu pensamento possa te alcançar."?!

Assinado: Seu

Sente o cheiro da sua pele, reconhece sua voz de forma ímpar, espera ansioso um afago na sua chegada e se pudesse falar, diria: Eu te amo!
Expressa qualquer tristeza com o olhar, mas abanar o rabinho é sinônimo de alegria. Rasga papéis importantes, faz xixi em locais inapropriados, destrói o que estiver ao alcance, mas tem o dom de tornar o seu coração imenso e batendo de forma tranquila.
Retribui em demasia todo o amor que recebe, perdoa fácil e é fiel.
Joga a bolinha, faz barulho com brinquedo ensurdecedor, esconde seus pertences, faz lambança com a água, chora, late, mas sente a enorme necessidade de sentir sua respiração por perto. Não entende nada do que você diz, mas ouve suas lamentações sem reclamar ou julgar e por mais absurda que seja a história, pra ele, você ainda é o ser mais importante e essencial na vida dele. 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Ser, estar, ficar...

...parecer, permanecer, continuar, tornar-se...são algumas das palavras que fazem parte de uma regrinha de gramática que aprendi quando criança. Formam os verbos de ligação. Achei, na verdade, perfeitamente ligadas ao tema deste texto: felicidade.
A gente aprende, desde cedo, todas as diretrizes para encontrar alguém que nos torne completos, mas, como diria Caio Fernando Abreu, devemos procurar quem nos transborde.
Acredito que o caminho para a felicidade é estrada de mão única e estreita. Em conseguinte, bifurcação, e se percorre sozinho. São as etapas do "ser feliz com você, pra depois ser feliz com os outros". Não se chega à segunda, sem passar pela primeira.
Responda rápido, você é feliz? Antes de qualquer coisa, você sabe o significado desta palavra? Você é ou você está feliz?
Dizem que a felicidade vem de dentro, mas um dia, depois de cavar cada vazio nosso, descobrimos maneiras de encontrá-la na superfície das coisas. Seria desbravador, procurar onde apenas existem poços esgotados de lágrimas, abandono e falta de amor, principalmente o amor-próprio.
Recentemente (beeem recente meesmo) passei por uma fase onde ser feliz era meu principal objetivo. Tentei de tudo. Ajuda espiritual, relacionamento, psicólogos e diversos livros de auto-ajuda. Pra ser exata, foram 9 livros. Uma busca que perdeu para o cansaço. Me vi num tornado de sensações e questionamentos, devastando meus dias, meus estudos, meu trabalho e todas as (possíveis) frágeis ligações com pessoas que eu queria fincar minha presença pra sempre. Sobrando muito pouco e quase sem aproveitamento algum, eu implorava por paz. Foi então que percebi que felicidade é consequência da paz interior. Que de nada adiantariam os grandes acontecimentos aqui fora, se não predominasse a leveza daqui de dentro. Quitar todas as dívidas que havia feito comigo mesma, me deu segurança para tomar decisões, antes pendentes.
Sem ser arrogante e agressivo (a), permita-se, hoje, ser um pouco egoísta. Experimente jogar tudo pro alto, mesmo que haja equipamento de proteção logo abaixo. Experimente gritar um "dane-se!" para o que mais te prende os movimentos. Dizer "não" para os outros, é dizer "sim" para você!
Sem ser abusivo (a) e inconsequente, hoje, apenas diga SIIIIIM para a comida fora da dieta, ficar de pijama o dia todo, desligar o celular, e pra todas as coisas que entraram para sua lista de insanidades. Só não diga "sim" para o ex fdp, que venha com papo de aproveitar sua leveza e te levar pro céu (eca!).
Em um dos livros que li, falava a respeito da diferença entre vergonha e culpa. Segundo este, você se sente culpado quando fez algo de errado, já na vergonha, você acha que o erro está em você.
Deixe os julgamentos para os juízes. Não torne-se réu da sua própria história.
Busque mais paz, pois o caminho para a felicidade pode fazer com que você tenha que livrar-se de abismos e curvas perigosas a todo instante, correndo ainda o risco de derrapar, quando em tempestades.



quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Eu não sei porque vim aqui

Senti chegar em algum lugar, senti tocar alguma coisa. E fui perdendo as forças, diminuindo a intensidade, como se o barulho dos meus "motores" fossem parando. E parei. Havia chegado no meu limite. Estava sobrecarregada de decisões a tomar e condutas a assumir. E desistir de tudo, era como andar pra frente. Ficar parada estava sendo mais útil do que achar alternativas. Não senti, nem pensei. Chorei. Nó na garganta e nas palavras. Às vezes apertava forte, que faltava o ar. As frustrações cheias de nomes. As esperas cheias de coisas mortas. Dessa vez, não havia homem algum que desse jeito (José, Johnnie...). É como se eu não existisse, mas sentia o peso do mundo sobre minhas costas e todas as expectativas voltadas pra mim. Me julguei e me condenei diversas vezes. Como de costume, apostei todas as minhas fichas em quem nem estava no jogo. Colhi podre o que plantei cheia de esperanças. Um trabalho danado pra ser eu, e agora eu não queria ser ninguém. Muita gente cobrando resposta, e eu fazendo de conta que nem ouvi as perguntas. Eu sei que eu preciso agir...e reagir. Mil verdades a respeito de uma maturidade de mentira. Qualquer escolha me levaria ao encontro comigo mesma. A minha opinião misturava-se com a opinião alheia...e eu apenas chorava. Eu precisei parar, pra descobrir que não estava indo a lugar algum. Eu precisei ser grande, pra descobrir o valor de ser, às vezes, pequeno.

domingo, 29 de julho de 2012

A ditadura do "ser correto".

"Nos perderemos entre monstros da nossa própria criação...". Quem nunca ouviu esta frase, cantada por Renato Russo? Pois bem, profética ou não, a verdade é que buscamos a máxima excelência das pessoas, o tempo todo, mas acabamos sendo vítimas das nossas cobranças. As redes sociais estão aí pra provar que falar o que pensa tem a mesma força e intensidade que um "f#$@-se" dito com bastante raiva e vontade. O desafio hoje em dia não é ser do bem, e sim ser você mesmo.
Falam demais em amor e respeito, mas basta alguém expor qualquer tipo de sofrimento, que as indiretas são bombardeadas constantemente. No facebook, por exemplo, há uma pressão (e obrigação) para que você seja feliz: "Sinta-se bem e esfregue na cara dos outros que você sabe lidar com as adversidades." ou "Seja infeliz, mas não faça os outros carregarem o fardo e a melancolia de sua dor. Aprenda a lidar com as diversidades.". Para as pessoas, você só pode ser uma coisa: PERFEITO.
Obs: Vale lembrar que até a felicidade deve ser dosada, pois em demasia também despertará comentários. 
No profissional ocorre a seguinte dualidade: Não se importe com os outros, mas saiba respeitá-los. É permitido que você tenha algum problema externo (ou interno), esteja chateado e queira ficar sozinho, mas você tem, por "obrigação", que ser cordial e tratar todos com igualdade, porque os problemas são apenas seus.
Acontece a mesma coisa nos relacionamentos. "Adapte-se às diversidades alheias", mas você já foi algum dia abandonado (ou já abandonou alguém) porque, dentre vinte qualidades suas, existiu uma que não se encaixou no perfil do outro.
Todo mundo quer ser livre para interferir na vida das pessoas, mas não querem prender-se às explicações.
E as atitudes? E o poder de superação? Não importa se leva um mês pra absorver, entender e digerir um problema, as pessoas criam uma expectativa sobre seus atos, que é preferível nem sofrer. Esperam que o seu botão de "f#$@-se"para o mundo esteja ligado 24 horas, no 220V e com gerador reserva. Mas, até este tipo de solução é julgado como revolta e/ou infelicidade.

E, em meio a essa bagunça de personalidade (e falta dela), eu quero gritar assim: "Seja você, não eu...Ah! Um f#$@-se também...esqueci o botão ligado."

terça-feira, 3 de julho de 2012

03/07/2012



Passei um período querendo escrever algo sobre o fim de um relacionamento, se é que poderia ter chamado assim, e estava empacada nos textos, enquanto não escrevia sobre tal, mas percebi que era perda de tempo, era escrever palavras no vazio e tentar trazer de volta o que as circunstâncias levaram para o passado. Portanto, eu resumiria em: "Acabou.", palavra curta, como o seu sentimento, com letra maiúscula e um ponto fincado no final da palavra, no final da história e no final de nós.