domingo, 26 de agosto de 2012

Daquilo que foi...e se foi


E como se fosse a coisa mais simples, você me pede pra seguir em frente, pra ser feliz, como se depois disso tudo, de tudo que eu fiz, o que eu quisesse fosse ser feliz sem você.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

(...)



Existe alguém contando os dias pra ser feliz, enquanto eu só queria parar o tempo pra diminuir minha dor.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

viTROLLinha




Subentendido


(Nem todo texto tem um alvo, mas esse tem. Nas entrelinhas não se escreve nada, mas compreende-se tudo.)

Mesmo com todas as possibilidades de dar errado que concretizam-se no final, eu ainda não tenho medo de me apaixonar. Aliás, sou movida pela paixão. Sempre gostei das surpresas, do alívio antes de dormir, da ligação antes de acordar e daquela mistura de sensações que reviram o estômago e a vida inteira. Aversão, mesmo, eu tenho às pessoas que têm medo de se descobrirem apaixonadas. Pessoas que vigiam os próprios sentimentos e sempre têm uma explicação racional pra tudo.
Sim, eu já desejei, diversas vezes, não ser machucada, porque eu sou do tipo que sofre como um enfermo, morrendo um pouco a cada dia, até ser levado a óbito, e não meço palavras para falar sobre o que sinto. Mas, e daí, que vou me apaixonar pelas coisas mais banais? E daí, que vou manter o celular por perto todas as horas, e checá-lo todos os minutos? E daí, que sou do tipo que se envolve com os problemas e planeja ser a solução de todos eles? E daí, se meu ponto focal for a paixão desenfreada e desmedida?
Eu não sei arrumar os sentimentos em "pastas etiquetadas, em ordem alfabética, numa prateleira", nem sou tão pragmática com eles. Desconheço o que existe entre o 8 e o 80. Eu me misturo toda, mesmo sabendo do esforço que se tem pra separar o meu, do dele e o nosso. Me envolvo e desenvolvo.
O meu problema foi (em suma) me apaixonar por quem não estava disponível pra tal. Que usou a razão em demasia, que perdeu ou que jamais teve. Quando dava por mim, já estava sentindo o cheiro por onde passava e ansiando por qualquer tipo de afeto.
Não vou dizer que não valeu a pena, se hoje tenho posse de uma certa maturidade para desorganizar os sentimentos (e meu eixo emocional), organizá-los com palavras e transformá-los em textos para o blog, eu conquistei com meu passado. Se me permiti conhecer e apaixonar por outros caras, o mérito foi todo do meu passado também, por me fazer querer algo melhor (a gente não manda no coração, mas pode mandar o fdp pro raio que o parta, né?).
Ser sensível não é ser fraco. Não me julgo num baixo patamar de evolução e/ou maturidade. Ser honesto e dizer o que sente, nunca foi atitude de principiante em fase de teste, pelo contrário, dizer o que penso/sinto como crítica, serve para o outro repensar os atos e não magoar ninguém. Como expressão de empatia, mesmo que venha com rejeição como resposta, serve para ensinar o quanto vale a pena ser importante na vida de alguém...e em sua maioria, os que rejeitam são os que mais precisam. 
O problema não é dizer o que sente, e sim por quem se sente. Não confio em gente que usa a razão pra tudo. Acho que é capaz de lhe magoar e ter uma "desculpa" racional, ainda que lhe veja aos pedaços. Também não digo que algumas pessoas não saibam lidar com rejeições e críticas, mas, na verdade, nem todo mundo sabe (e merece) lidar com sentimentos. Algumas pessoas não merecem que você sinta, outras nem merecem sequer saber. 

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Mas eu amo mais



Sabe qual é o seu problema? A garantia do que sinto. Aliás, o problema é todo meu, por amar alguém tão filho da puta. Mas garantia sempre tem um prazo a vencer, e, acredite, conto os dias pra isso.
Não vejo a hora de expulsar você dos meus pensamentos e dos choros antes de dormir, de todo frio na barriga e calor na nuca, quando você se faz presente de alguma forma. De toda ansiedade, de cada procura, de cada saudade, que não me livra do vício de ir até você.
Quero a liberdade de não pertencer às mãos de alguém que me entrelaça nos dedos, nas mentiras e me sufoca. De quem me tem inteira, mas só leva uma parte. Quero esperar menos e realizar mais. Quero a leveza que os dias têm, quando o sentimento é recíproco. A droga é que eu queria que desse certo, mesmo você sendo um cara tão errado. Preciso aprender a lhe deixar, porque a mim, aprendi sozinha. Não quero certezas de um amor, me basta que apenas seja. Que entre, preencha e transborde, mas não cave mais vazios.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Era uma vez o amor...


                                          ...aí eu coloquei gelo e bebi.

domingo, 12 de agosto de 2012

Feliz dia, meu pai!

E nossas fotos são sempre assim: felicidade e comemorações.
Eu era tão pequena, mas não sabia o quão grande teria que ser.
Hoje amanheci sem ter a quem desejar um "feliz dia dos pais" e receber um abraço. Não me preparei, não comprei presente, nem me enchi de expectativas.
Poderia ser um dia como outro qualquer, mas a saudade fez questão de marcá-lo com a dor da sua ausência. Dói. É como se tivesse tirado uma parte da minha história, e minha vida terá sempre essa lacuna. Os dias terminarão sempre com o vazio e a dúvida do "E se você ainda estivesse aqui, como teria sido?".
Será que no meu aniversário eu poderia pedir você aqui, só por 2 minutos, só pra me dar um abraço e me dizer que, apesar de tudo parecer tão difícil, as coisas vão melhorar? E se eu pedir com fé, será que eu alcanço? E se aquela menina de 5 anos pedir para Papai do céu, será que ele atende?
Não me serve uma presença masculina qualquer, nas noites difíceis eu preciso de um PAI.
Às vezes desejei não ter crescido. Não pra ser eternamente criança, mas pra te ter comigo ainda. Queria voltar no tempo e parar aos 5 anos de idade. Queria ter dividido mais a cama com você(s), ter chamado mais sua atenção, desfilando minhas roupas novas e ter feito mais desenhos na escola pra lhe entregar.
Lembro de você na cama do hospital. Fui lhe visitar uma única vez, era muito pequena e me pediram pra dizer algo para você, e falei: "Volta logo!". Saí de lá esperançosa, mas você não voltou. Em meio a tantos parentes sofrendo, eu olhava em volta e não entendia. Um ano depois em diante, eu repetia sempre o mesmo VHS, só pra lhe ver sorrindo.
Hoje meu pedido é diferente, mas com a mesma esperança daquela menina de 5 anos: "Não me deixa nunca mais?" Deixa eu continuar sentindo a energia da tua presença.
Você não está mais aqui (fisicamente), mas o carregarei nas minhas melhores lembranças PRA SEMPRE!

Sei que você vai receber essa mensagem e verá minhas lágrimas que se misturam com saudade, amor e um pouco de tristeza.

FELIZ DIA DOS PAIS!
Paz, amor e luz!!!

Amo você! Saudades!
Beijo

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Texto-monólogo-sem-fim

Prender o choro, dói na garganta e pesa demasiadamente. Sufoca. Mesmo que chorasse dez madrugadas seguidas, não esvaziaria.
Essa coisa de desapego é muito moderna  pros meus romances de folhetim. Gentileza e alguns sorrisos arrancados, e já é causador da minha felicidade. Fingir que estou bem e não me importo com perdas é coisa de novela mexicana. Sou intensa demais pra passar despercebido na vida de alguém. O velho conselho "ergue a cabeça, estufa o peito e segue em frente", pra mim, é coisa de soldado em desfile pela cidade. Eu me despedaço mesmo, perco o chão, a identidade, perco até a vida, morrer por dentro é muito pior e devastador, acredite. Eu choro, faço drama, viro comédia pra uns, tragicomédia pra outros. Eu falo o que sinto e perco o poder de conquista por W.O., perco possíveis amores, possíveis futuro-marido-se-Deus-quiser-amém, perco o controle, perco a razão, só não perco o número do telefone do dito-cujo-de-sorriso-lindo-passo-mal...e lá vou eu mandar mensagem e perder de vez o fingimos-que-somos-amigos-mas-damos-uns-amassos. Sou excessivamente bipolar (se é que isso é possível) pra aprender a ter autocontrole. Pra você ter ideia, esse texto era pra dizer o quanto eu estou querendo gritar minha infelicidade por gostar de quem não devia, e estou rindo e adorando brincar com os adjetivos pro moço-que-partiu-meu-coração-desgraçado-merecia-sofrer-mas-não-consigo-desejar-o-mal-amém.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Seja você, que meu EU já tem dona


Me desliguei dois dias do mundo e criaram um dicionário da verdade absoluta e o manual "Como ser politicamente correto em 100 dias"? Só pode! Eu nunca vi tanta gente querendo me moldar aos julgamentos próprios. Só faltam me dizer: "Nasce de novo, que essa não tem mais jeito!".
Cada um adquiriu posturas de acordo com as circunstâncias, cada um sabe (ou deveria saber) de si, do que lhe causa mais dor e do que lhe arranca sorrisos largos. Somos bombardeados de informações relacionadas à conduta, e cabe (somente) a cada um de nós absorver, filtrar e tomar pra si o que os outros aconselham. Em meio a tanta lição de botequim, quer dizer, de moral, faltou o principal: RESPEITO.
Não fomos fabricados em série, nem temos rótulo, muito menos validade (data exata), portanto, não precisamos ser uniformes, não precisamos ser "imagem e semelhança" de ninguém. As ações (e reações) tornar-se-iam previsíveis demais. Chatas demais. Total perda de identidade.
Aceito conselhos e estou em fase de adaptação às críticas (tô tentaaando), mas a verdade é que todo mundo quer modificar o enredo da sua história, e quando acaba o "samba", resta apenas você com você mesmo (e uma partitura de decisões a serem tomadas, pra ontem).
Não adianta! O dia que eu estiver mais racional, deixarei de ser Enid. Não consigo ser superficial, não sei compartilhar sentimentos de plástico, não dou corda, nem funciono à pilha. Eu sou intensa, nas palavras e, principalmente, nas atitudes. Não faço a menor ideia de como é "não me importar com os outros", não sei esconder sentimentos, me sufocaria se assim fizesse. Daaaaaaaaaaaaane-se você que não consegue nutrir nenhum sentimento (a não ser a desconfiança e a repulsa) por qualquer pessoa que se aproxima. Tenha o coração rígido, mas não queira petrificar o meu. Não me julgue inferior, por fazer parte de uma minoria que não sabe colocar uma máscara e enfrentar o mundo. Não meça minha força, através da minha estrutura emocional.
Existe uma vida inteira acontecendo e você deixando passar, querendo modificar a minha. Posso melhorar, mas não posso mudar. Agradeço a ajuda, mas desculpe-me, não consigo ser outra coisa, senão EU.

domingo, 5 de agosto de 2012

Conexão indisponível no momento

De tanto vasculhar o passado, perdi o sono. Fico me perguntando até onde irá essa possível paz e/ou quantas vezes será permitido ter recaídas. Há dias em que tudo é muito confuso e é necessário certificar quais bases utilizei para manter minha estrutura emocional erguida. Dias como hoje, por exemplo. Tentei distrair o pensamento várias vezes, sempre que um fragmento seu quis me desconsertar. Daqui a pouco amanhece um novo dia pra você e eu ainda me pego com as mesmas saudades de ontem. Madrugada de segunda-feira, nada mais entediante do que me ver pensando em nós dois. Hoje tudo volta ao normal e algo seu ainda me desequilibra. Ao meu lado, apenas mais um dos meus nove livros de auto-ajuda, de nome "Não leve a vida tão a sério", me encorajando a sabotar os compromissos de logo mais, já que pensar em você, naquilo que não foi, apagou minha fagulha de felicidade e entusiasmo por qualquer coisa rotineira. Dediquei um fim de semana inteiro a mim mesma, mas resolvi me boicotar no restante dos dias. Eu estava indo tão bem. Me divertindo tão bem, me cuidando tão bem...fingindo tão bem. Chequei o celular e a caixa de e-mails. Você não estava. Pensei em mandar mensagem, mas deixei nos rascunhos. Duas horas e dois minutos, será que é você pensando em mim? Claro que não. A gente tinha umas manias estranhas, não é? Ai, meu Deus...de quem estou falando agora? Acho que vou tomar uma dose pra esquecer você, em seguida tomo duas, pra lhe enxergar pedindo pra voltar.

Saudade, talvez...


Por que às vezes você me dói em lembranças e lugares desconhecidos?
Por que insiste em voltar para os meus dias?
Pra quê fazer meu coração se sentir menor?
Pra quê prolongar minhas noites com choros altos?
Pra quê bagunçar minha vida, se você sabe que não volta pra organizá-la?
Será que não percebe o descompasso que me causa?
Que ser intensa, me machuca?
Que esse amor me eleva num dia e me derruba no outro?
Que eu me sentia estagnada e hoje me sinto voltando os passos?
E você me diz que ainda quer fazer parte dos meus dias, mas você já faz parte da minha vida, e esse é o meu grande problema.
Você é muita coisa pra mim, sou muito pra você...mas "nós dois" não somos nada.
O que fomos, se perdeu nesse tempo que demos às coisas mal resolvidas.
Não foram as brigas, fomos nós.
E porque eu insisto em esperar por aquele casal que ria dos desencontros, que fazia planos e dizia ser feliz?

Amor?

Por onde eu começo? Pela minha verdade ou pelo que você espera ler? Vou começar falando de mim, porque, ao menos agora, eu serei prioridade.
Eu queria falar sobre os meus dias, da espera de uma atitude sua, do momento em que seu lado verdadeiro finalmente virá falar comigo, que seus desejos fiquem por último e todas as vadias que você corre atrás também. É uma droga, eu lembro do seu sorriso o tempo todo, mas lembro das mentiras também. Então, começo achar que os sorrisos traduziam ironia ou vitória, de ter descoberto o seu mérito por me ter tão exclusivamente sua. E é quando tenho raiva dos meus. Te ver forte e de braços cruzados, enquanto eu me despedaço, me faz pensar que você esperou por esse dia, desde sempre. E seu ego agradece. Queria descrever a minha vontade de abrir mão de tudo, da forma mais triste que eu encaro como te dei meus dias e minhas noites, pra você ignorá-los num momento, em que se perde em beijos. Eu queria te perguntar sobre a sensação de ser a pessoa mais importante na vida de alguém, pois eu nunca tive essa resposta. De como é deitar aliviado no travesseiro e acordar sorrindo, enquanto eu dormi chorando. Do quanto você consegue ser você mesmo, sem nenhum remorso. E as lembranças? Você apagou junto às minhas mensagens do seu celular? Quantas vezes você foi contra o seu egoísmo e a favor de nós dois? Nenhuma, não é?
Pois bem, se você veio até aqui, esperando outra coisa de mim, aqui vai: Me sinto muito bem, aliviada até, esperando aquele cara que me dará a certeza que estar com você foi a maior perda de tempo, de sentimento e de mim.


 

De: Kim McMillen

Pensei muuuito nesse textos nos últimos dias.
Acho perfeito e vale a pena compartilhá-lo!!!!  :)


Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome…Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é…Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de… Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é… Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável… Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama… Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é… Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei menos vezes.
Hoje descobri a… Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é…Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é… Saber viver!!!

sábado, 4 de agosto de 2012

É...


Quando vou à uma entrevista de emprego, me apresento e falam assim: "Excelente! O que mais você sabe fazer?", por dez segundos passa pela minha cabeça responder: "Sei amar intensamente, sei me importar demais com quem não se importa comigo, sei quebrar a cara e me apego de um jeito, oh, com excelência!"

Não acaba quando termina

Droga! Lá vou eu, de novo, vasculhar meu passado pra vê se te encontro mais merecedor de mim, menos cafajeste e mais homem. Lá vou eu checar essa porcaria de rede social, que vive em pé de guerra com meu sossego, e que todo dia eu tenho esperança de encontrar por lá um bom motivo pra dizer que você não vale a pena tanto assim, mas eu vejo esse seu sorriso filho da puta e começo a chorar, achando que fui feliz, mesmo com o estômago comprimindo, o coração apertando e a saudade sufocando.

A paixão e seus efeitos colaterais

Deveria ser coisa fácil. Eu não deveria querer te ligar às 2 da madrugada; não deveria querer te ver em plena quarta-feira, ao meio dia; não deveria sentir seu cheiro numa multidão e emaranhado de outros cheiros; não deveria te procurar nos lugares, quando coloquei minha melhor roupa; não deveria achar todos os outros caras menos interessantes; não deveria desejar que as horas parassem, e o elevador também; não deveria achá-lo perfeito, todos os dias; não deveria achar que uma núvem de chuva está sobre minha cabeça, enquanto eu vejo o sol, quando você conversa com outra; eu não deveria desejar que seus movimentos fossem calculados de forma errada e sua mão encostasse na minha; eu não deveria pular de alegria quando a mensagem fosse sua, e odiar a operadora por frustrar minhas expectativas; eu não deveria disparar o coração quando você diz meu nome, eu não deveria querer pular nos seus braços sempre que você me dá um sorriso; eu não deveria querer que todas as chamadas do meu telefone fossem suas; eu não deveria me pegar imaginando o quanto a gente poderia ter dado certo; eu não deveria querer ser sua amiga, se amigos não fazem metade dos planos que faço com você.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Me faz um favor? Fica!



Perdi as contas das vezes que olhei para o telefone e reli as mensagens imaginando sua voz.
 Por que deixei você ir embora, se eu queria ter dito: "Fica! Espera, ao menos, eu acostumar com sua ausência, depois você pode ir pra bem longe, onde nem meu pensamento possa te alcançar."?!

Assinado: Seu

Sente o cheiro da sua pele, reconhece sua voz de forma ímpar, espera ansioso um afago na sua chegada e se pudesse falar, diria: Eu te amo!
Expressa qualquer tristeza com o olhar, mas abanar o rabinho é sinônimo de alegria. Rasga papéis importantes, faz xixi em locais inapropriados, destrói o que estiver ao alcance, mas tem o dom de tornar o seu coração imenso e batendo de forma tranquila.
Retribui em demasia todo o amor que recebe, perdoa fácil e é fiel.
Joga a bolinha, faz barulho com brinquedo ensurdecedor, esconde seus pertences, faz lambança com a água, chora, late, mas sente a enorme necessidade de sentir sua respiração por perto. Não entende nada do que você diz, mas ouve suas lamentações sem reclamar ou julgar e por mais absurda que seja a história, pra ele, você ainda é o ser mais importante e essencial na vida dele. 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Ser, estar, ficar...

...parecer, permanecer, continuar, tornar-se...são algumas das palavras que fazem parte de uma regrinha de gramática que aprendi quando criança. Formam os verbos de ligação. Achei, na verdade, perfeitamente ligadas ao tema deste texto: felicidade.
A gente aprende, desde cedo, todas as diretrizes para encontrar alguém que nos torne completos, mas, como diria Caio Fernando Abreu, devemos procurar quem nos transborde.
Acredito que o caminho para a felicidade é estrada de mão única e estreita. Em conseguinte, bifurcação, e se percorre sozinho. São as etapas do "ser feliz com você, pra depois ser feliz com os outros". Não se chega à segunda, sem passar pela primeira.
Responda rápido, você é feliz? Antes de qualquer coisa, você sabe o significado desta palavra? Você é ou você está feliz?
Dizem que a felicidade vem de dentro, mas um dia, depois de cavar cada vazio nosso, descobrimos maneiras de encontrá-la na superfície das coisas. Seria desbravador, procurar onde apenas existem poços esgotados de lágrimas, abandono e falta de amor, principalmente o amor-próprio.
Recentemente (beeem recente meesmo) passei por uma fase onde ser feliz era meu principal objetivo. Tentei de tudo. Ajuda espiritual, relacionamento, psicólogos e diversos livros de auto-ajuda. Pra ser exata, foram 9 livros. Uma busca que perdeu para o cansaço. Me vi num tornado de sensações e questionamentos, devastando meus dias, meus estudos, meu trabalho e todas as (possíveis) frágeis ligações com pessoas que eu queria fincar minha presença pra sempre. Sobrando muito pouco e quase sem aproveitamento algum, eu implorava por paz. Foi então que percebi que felicidade é consequência da paz interior. Que de nada adiantariam os grandes acontecimentos aqui fora, se não predominasse a leveza daqui de dentro. Quitar todas as dívidas que havia feito comigo mesma, me deu segurança para tomar decisões, antes pendentes.
Sem ser arrogante e agressivo (a), permita-se, hoje, ser um pouco egoísta. Experimente jogar tudo pro alto, mesmo que haja equipamento de proteção logo abaixo. Experimente gritar um "dane-se!" para o que mais te prende os movimentos. Dizer "não" para os outros, é dizer "sim" para você!
Sem ser abusivo (a) e inconsequente, hoje, apenas diga SIIIIIM para a comida fora da dieta, ficar de pijama o dia todo, desligar o celular, e pra todas as coisas que entraram para sua lista de insanidades. Só não diga "sim" para o ex fdp, que venha com papo de aproveitar sua leveza e te levar pro céu (eca!).
Em um dos livros que li, falava a respeito da diferença entre vergonha e culpa. Segundo este, você se sente culpado quando fez algo de errado, já na vergonha, você acha que o erro está em você.
Deixe os julgamentos para os juízes. Não torne-se réu da sua própria história.
Busque mais paz, pois o caminho para a felicidade pode fazer com que você tenha que livrar-se de abismos e curvas perigosas a todo instante, correndo ainda o risco de derrapar, quando em tempestades.



quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Eu não sei porque vim aqui

Senti chegar em algum lugar, senti tocar alguma coisa. E fui perdendo as forças, diminuindo a intensidade, como se o barulho dos meus "motores" fossem parando. E parei. Havia chegado no meu limite. Estava sobrecarregada de decisões a tomar e condutas a assumir. E desistir de tudo, era como andar pra frente. Ficar parada estava sendo mais útil do que achar alternativas. Não senti, nem pensei. Chorei. Nó na garganta e nas palavras. Às vezes apertava forte, que faltava o ar. As frustrações cheias de nomes. As esperas cheias de coisas mortas. Dessa vez, não havia homem algum que desse jeito (José, Johnnie...). É como se eu não existisse, mas sentia o peso do mundo sobre minhas costas e todas as expectativas voltadas pra mim. Me julguei e me condenei diversas vezes. Como de costume, apostei todas as minhas fichas em quem nem estava no jogo. Colhi podre o que plantei cheia de esperanças. Um trabalho danado pra ser eu, e agora eu não queria ser ninguém. Muita gente cobrando resposta, e eu fazendo de conta que nem ouvi as perguntas. Eu sei que eu preciso agir...e reagir. Mil verdades a respeito de uma maturidade de mentira. Qualquer escolha me levaria ao encontro comigo mesma. A minha opinião misturava-se com a opinião alheia...e eu apenas chorava. Eu precisei parar, pra descobrir que não estava indo a lugar algum. Eu precisei ser grande, pra descobrir o valor de ser, às vezes, pequeno.