sábado, 10 de maio de 2014

De sempre, pra sempre




Como de costume, vou lhe contar como foi meu dia: 
Acordei! Ah, acordei. Quem dera dormisse uma vida inteira, quem dera fosse pesadelo, mas o sol que entra no meu quarto e o barulho do despertador me fazem acordar pra difícil realidade. E levantei, arrastando todo o peso da minha dor até o chuveiro, onde as lágrimas misturam-se com as gotas de água quente. Esperei o telefone tocar, mas sem resposta. Pensei em você. Chorei. Não comi. Saí de casa. Desejei esbarrar com você por aí ou ao menos vê-lo de longe, talvez finalmente eu voltasse a sorrir. Algumas vezes fingi estar bem. Cumprimentei. Trabalhei. Voltei pra casa. Pensei em você. Senti sua falta. Me culpei. Tomei remédio. Dormi. Sonhei com você. Acordei chorando. Pensei em você. Bebi. Bebi. Pensei em você. Chorei. Bebi. Me culpei. Culpei você. Me culpei com exatidão. Chorei. Bebi. Revi fotos. Revi recados. Parece que foi ontem. Pensei em você. Bebi. Chorei. Doeu. Me culpei. Chorei. Dormi.